Ronaldo pode render à Juve três vezes o que custou
ESTUDO Internacional português protagonizou a quarta maior transferência de sempre, mas uma consultora de prestígio diz que foi um bom investimento
É possível gastar-se 117 milhões de euros e, por causa disso, vir a ganhar-se 340 milhões? A Consultora KPMG diz que sim e que será esse o valor dos benefícios da Juve ao longo dos quatro anos de contrato
Os 117 milhões de euros que a Juventus pagou por Cristiano Ronaldo devolveram o internacional português aos lugares cimentos da tabela das transferências mais caras de sempre – só ficam atrás dos 222 milhões que o PSG pagou ao Barcelona por Neymar, dos 135 milhões que o parisienses pagaram por Mbappé ao Mónaco e dos 125 milhões que o Barcelona pagou ao Liverpool por Coutinho. Somando o total gerado pelas transferências do Sporting para o Manchester United, deste para o Real Madrid e, agora, para a Juve, o valor de Ronaldo (230 milhões de euros) só fica atrás dos 310 milhões de Neymar. Ainda assim, há um número superior a qualquer destes que é a razão para o português ter voltado a ser notícia: a consultora KPMG divulgou um estudo em que dá conta de quanto pode render Ronaldo ao novo patrão e essa verba permitiria... comprá-lo praticamente três vezes! O impacto financeiro da contratação de CR7 poderá significar nada menos que 340 milhões de euros – 85 milhões por cada um dos quatro anos de contrato – para a Vecchia Signora, diz a consultora, acrescentando que esta aquisição pode motivar o maior “acelerador do crescimento que a Juventus já experimentou ao longo dos anos da presidência de Andrea Agnelli”, iniciada em 2010.
Num documento intitulado “De Madrid para Turim: Ronaldo Economics”, a KPMG calculou os efeitos da contratação de Ronaldo na Juventus em termos de custos, receitas e outros benefícios. Um dos parâmetros é o reconhecimento internacional que a marca CR7 pode gerar para o emblema italiano. “As expectativas são de que a marca e a exposição da Juventus nas re- des sociais cresçam rapidamente em todo o mundo. A valorização monetária de atividades digitais será crucial para que se atinjam as expectativas de crescimento de receita”, refere o documento da KPMG, que fornece os números de seguidores nas redes sociais – e, a partir daqui, se percebe o porquê de uma perspetiva tão otimista. É que entre Facebook, Twitter e Instagram, o capitão da Seleção Nacional soma 322 milhões de seguidores, bem mais do queos194milhõesdeNeymar e os 181 milhões de Messi.
Como conclusão, e com base no estudo aqui citado, pode dizer-se que este foi um negócio em que todos sairão a ganhar – e falta ainda conhecer os efeitos desportivos.