Grimaldo assinou obra de arte
Águias mandaram na primeira parte, ainda marcaram na segunda, numa fase em que a equipa de Rui Vitória caiu a pique
Ferreyra
sofreu traumatismo
craniano
Rui Vitória:
“Estaremos prontos para a Champions”
Primeira linha deu boas indicações, faltou a segunda vaga mas o lateral marcou de livre direto
Encarnados somaram o terceiro empate em seis jogos de préépoca, faltando agora o Lyon para terminar este período sem qualquer desaire
Muita pressão, controlo e gestão cuidada da posse de bola foram os argumentos do Benfica, comandados por Pizzi, na etapa inicial. Com as trocas e a saída do maestro, só deu Juventus e brilhou Vlachodimos
A primeira linha do Benfica deu muito boa conta de si no embate frente a uma Juventus ainda privada de alguns dos seus principais craques–como Cristiano Ronaldo, Matuidi, Dybala, Higuaín, Mandzukic –, mas a mostrar ser um adversário que impõe respeito, ain- da que tenha lidado mal com a forma pressionante, de toque de bola rápida e com movimentações bem delineadas por parte da formação de Rui Vitória, que quebrou de forma gritante quando o técnico rodou a equipa para a segunda metade.
Com Pizzi de batuta em punho, a marcar os ritmos de jogo e a escolher os melhores caminhos para lançar a equipa para o ataque, o Benfica mandou no jogo durante 45 minutos, período em que teve muito mais posse de bola (61% contra 39), teve mais cantos (6 contra 2) e mais disparos à baliza (4 para 2).
Desta feita com Ferreyra no vértice mais adiantado do 4x3x3, uma das cinco alterações no onze em relação ao jogo com o Dortmund – entraram ainda Vlachodimos, Conti, Salvio e Cervi –, viu-se um Benfica seguro na defesa, consistente no meio-campo, intenso na pressão e veloz pelos flancos, o que permitiu às águias a criação de três ocasiões de finalização, desperdiçadas por Salvio (2), Gedson e Ferreyra.
Tudo mudou na segunda metade, que arrancou sem Jardel e Pizzi, tendo entrado Rúben Dias e Alfa Semedo, tendo este sido testado na missão de construção a meiocampo. Do lado contrário, Massimiliano Allegri também puxou dos reforços e esquematizou o onze em 3x5x3, abdicando do 4x3x3. Entre as trocas encarnadas, que deixaram a equipa sem o pensador de serviço – Alfa é um jogador de grande capacidade física,
mas sem rotina a jogar a 8.
A Juventus passou a mandar claramente no jogo, colocou várias vezes à prova Vlachodimos, que evitou em três lances o golo contrário e ainda teve a ajuda da barra, beneficiando da superioridade no meio-campo, das investidas de João Cancelo, e quebra dos encarnados. Grimaldo, de livre direto, contrariou os acontecimentos, com um grande golo (65’), mas os italianos carregaram até ao empate – o segundo em dois jogos nos Estados Unidos –, com um grande tiro de Clemenza (84’).