O Jogo

GERAÇÃO SEM MEDO ATACA TÍTULO QUE FALTA

SUB-19 Seis dos jogadores lusos que hoje lutam com a Itália pelo título europeu estiveram nas finais de sub-17 (2016) e no jogo decisivo de sub-19 do ano passado

- JOÃO MAIA CLÁUDIA OLIVEIRA

Alguns atletas nem um ano tinham quando, em 2000, outra geração de ouro perdia com a França nas meias-finais do campeonato da Europa. Portugal vai disputar o título mesmo tendo várias ausências

A Seleção Nacional sub-19 tentará, esta tarde, pela quarta vez, conquistar o campeonato da Europa da categoria. Para além do feito de estar presente em mais uma final, a disputar com a Itália (17h30, Sport TV2), a assiduidad­e em encontros decisivos parece já uma rotina para alguns destes jogadores nascidos em 1999. Onze deles [ver quadro ao lado] venceram o Europeu de sub-17 em 2016. Deste lote, sete perderam o Euro de sub-19, no ano passado, frente à Inglaterra. Hoje, constarão da ficha de jogo seis atletas que acrescenta­rão a terceira final de uma grande competição nas ainda curtas carreiras. Diogo Costa finalista dos europues de 2016 (sub-17) e 2017 (sub-19), que se lesionou frente à Ucrânia, estará na bancada a apoiar os colegas. Mais, o selecionad­or nacional Hélio Sousa nem sequer pôde ter a equipa na máxima força pois Luís Maximiano, Diogo Leite, Gedson Fernandes, João Félix e David Tavares não foram cedidos pelos respetivos clubes. Há, ainda, a realçar as ausências de Diogo Dalot, lesionado, e de Rafael Leão, atualmente sem clube.

Esta é uma autêntica geração de ouro com qualidade em todos os sectores e todas as posições, uma colheita de 1999 parece indicar um forte abastecime­ntoàS eleçãoAn os próximos anos. Curiosamen­te, a maior parte destes jogadores nem sequer tinha um ano quando outra geração de ouro, a de Luís Figo, Vítor Baía, João Vieira Pinto, Rui Costa, entre outros, foi eliminada das meias-finais do Euro ’2000 pela França, comum golo de ouro de Zidane. Para verem esta partida, os novos craques tiveram de, certamente, recorrer ... ao Y ou Tube. E tinham igualmente poucos meses quando Ricardo Quaresma marcou os dois golos com que os portuguese­s conquistar­am, em 2000, o Europeudes­ub-16 frente à República Checa.

Portugal é a melhor lembrança

Na seleção rival desta tarde, o cenário é completame­nte diferente. Da última final de sub-19 em que estiveram presentes (na derrota com a Fran- ça em 2016) não há repetentes. Nem o selecionad­or, já que Paolo Vanoli é agora adjunto do Chelsea.

No escalão de sub-17, o proveito não tem sido melhor. Itália esteve uma única vez na final (2013) e depois do empate a zeros com a Rússia, foi batida nas grandes penalidade­s.

A última conquista azzurri nos escalões de formação foi mesmo em sub-19, em 2003. Curiosamen­te, nessa final em que Itália levou a melhor sobre Portugal, os dois países também tinham partilhado o Grupo A. No jogo da fase de grupos, as seleções latinas empataram, com um golo de Francesco Lodi (médio que fez carreira em Itália e esteve ao serviço do Catânia na temporada passada), e o golo luso foi apontado por Daniel Almeida, defesa que estava, então, no Boavista.

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