PENÁLTIS JUSTOS
REVIRAVOLTA O Santa Clara entrou mais forte, a aproveitar a falta de concentração da defesa, mas o Aves virou o jogo e mereceu bilhete premiado
“A equipa entrou algo desconcentrada e displicente na pressão, o que mudou foi a mentalidade. Fomos melhores a partir dos 20’”
José Mota
Treinador do Aves
“Fomos excelentes na primeira parte e 5-0 seria o resultado até essa altura. Na segunda parte, com o campo a subir e empapado foi muito difícil”
João Henriques
Treinador do Santa Clara
O jogo chegou aos 90’ empatado a dois golos e ficou resolvido ao fim de 20 penáltis quando João Lucas atirou para defesa do guarda-redes francês Beunardeau
O Aves carimbou a passagem à segunda fase da Taça da Liga, mas foi preciso uma segunda série de penáltis, onde só não entraram os guarda-redes, porque João Lucas proporcionou a defesa do guardaredes Beunardeau. A equipa de José Mota acabou por ficar com o bilhete premiado e fechou as contas do primeiro jogo oficial da época de forma justa, frente a um Santa Clara cujo futebol deliciou os espectadores somente até à entrada de Braga.
Os açorianos mandaram na casa dos vencedores da Taça de Portugal uma boa meia hora. João Henriques teve boas razões para sorrir de satisfação pelo trabalho de pré-época, porque o Santa Clara mostro use ao Aves comum a atitude ofensiva determinada, veloz e bem apoiado pelos médios. Na defesa, não havia pontas soltas, tudo funcionava harmoniosamente,contrastando com as debilidades do sector defensivo do Aves. A culpa foi do potente Thiago Santana, ao perturbar constantemente as decisões do central Jorge Felipe, como ficou patente no lance do autogolo.
A vencer tranquilamente já com o segundo golo apontado por Thiago Santana, o Santa Clara esteve à beira de uma goleada, até ao momento em que José Mota lançou Braga, por troca com o trinco Bura. A metamorfose foi imediata: o Aves ganhou volume ofensivo e Derley transformou-se num predador na zona de finalização. O aviso foi claro, mas o Santa Clara não o valorizou e pagou a fatura, ao perder o controlo na segunda parte. Agora era o Aves quem batia o pé, já com a defesa reformulada com Defendi. Os problemas defensivos foram resolvidos, além disso, o ataque dos açorianos perdera velocidade e a emoção instalou-se num dos lados do campo. Primeiro Nildo; depois Braga repuseram a justiça no marcador, que só não foi plena porque o árbitro Iancu Vasilica não assinalou um empurrão de Kaio a Derley dentro da área.