Segredo está na prática
Seleção portuguesa campeã europeia arrasa os italianos no número de partidas profissionais em 2017/18
Há tanto talento que alguns craques não foram à Finlândia pela importância que já têm nos clubes. Mas os títulos também são resultado de mudanças estruturais, explicou Hugo Vieira, do Braga, a O JOGO
Na Finlândia, Portugal conquistou o segundo título de seleções jovens em dois anos, numa amostra do trabalho que tem sido desenvolvido no futebol de formação. Há talento, mas também... experiência. Quando soou o apito inicial, no domingo, os jovenssub -19 portugueses chamados por Hélio Sousa tinham para trás um histórico esmagador em competições de clubes de relevo comparativamente com os adversários italianos: 433 partidas contra 177. Já com vários futebolistas no estrangeiro (Itália não tinha nenhum), os lusos somaram quase o dobro de partidas de cariz profissional. É outro andamento.
Em Portugal, otalentoédes de cedop os toàprov aforada zona de conforto, principalmente através das equipas B na II Liga, mas também se criaram condições, desde a FPF até aos clubes, para invertera tendênciados últimos anos, conforme explicou a O JOGO Hugo Vieira, coordenador da formação do Braga. “Jogar futebol profissional é diferente de competir entre juniores e a falta de competitividade neste escalão já tinha sido identificada. Há alguns anos era ao contrário, os outros é que tinham mais jogadores a jogar em ligas profissionais”, afirmou Hugo, que viu três dos“seus” jogadores sagrarem-se campeões: David Carmo, Francisco Moura e Francisco Trincão, melhor marcadord aprova, ao lado de João Filipe. Enquanto em Itália a única transição possível entre a equipa de sub-19 e a principal é um empréstimo a um clube diferente, Portugal vai estrear a liga sub-23. “A federação e os clubes têm trabalhado cada vez mais e melhor na formação”, acrescentou Hugo, com aquela que será a demonstração mais cabal de como Portu--
gal já está mesmo noutro nível: “Portugal foi campeão mesmo sem jogadores que estão a trabalhar com as equipas principais, num patamar já muito interessante.” São os casos de Diogo Leite, João Félix ou Gedson Fernandes.
Para lá do investimento em infraestruturas e da necessidade de suavizar a transição para a fase profissional, os clubes também perceberam a importância dos recursos humanos. “A formação é apoiada por uma estrutura profissional, com treinador escada vez mais competentes e com preocupação com aparte médica, psicológica, e sem esquecer o acompanhamento escolar ”, frisou Hugo.
NENHUM ITALIANO SUB-19 ATUA NO ESTRANGEIRO, AO CONTRÁRIO DE LUSOS COMO DOMINGOS QUINA OU JOÃO VIRGÍNIA