Os sonhos moçambicanos
Talentos africanos da Academia Black Bulls estão em Portugal à procura de sucesso
Entre uma parceria com o FC Porto, empréstimos de jogadores a clubes portugueses e a compra da maioria da SAD do Amora, o dirigente Junaide Lalgy pretende mais tarde recuperar o investimento
Um grupo de jovens talentos moçambicanos está a participar numa digressão de duas semanas em Portugal, inseridos num projeto, criado este ano, por Junaide Lalgy, vice-presidente do Clube do Chibuto, da I Liga de Moçambique. Depois de ter entrado em Portugal ao abrigo de uma parceria com o Varzim, tendo como expoente máximo o empréstimo do avançado Stanley, o dirigente percebeu que era necessário “fazer um trabalho de base na formação” para potenciar atletas. “Chegavam a Portugal e tinham muitas dificuldades para mostrar o seu valor e, por isso, decidimos apostar num novo projeto, denominado Academia Black Bulls, sediado em Maputo, selecionando os melhores do mercado nos escalões de sub-15, sub-17, sub-19 e sub-23”, explicou Junaide Lalgy, que custeia todo o investimento através da sua empresa de transportes, que também suporta os custos do Clube do Chibuto, além de estar a construir dois relvados naturais e um sintético.
Na perspetiva de que “um dia será conseguido o retorno
O trabalho tem sido desenvolvido com critério e inteligência”
Junaide Lalgy
Vice-presidente do Chibuto
de todo o investimento”, Junaide Lalgy, juntamente com outro dirigente moçambicano, adquiriu 75 por cento da SAD Amora, além de ter assinado um protocolo com o FC Porto, recrutando no Dragon Force os técnicos Hélder Duarte e Nélson Soares, qu eco mandam, desde março, o seu novo projeto. “Em 2016 programa Caça Talentos como FC Porto e reunimos mais de 800 jovens. O trabalho tem sido desenvolvido com muita inteligência, novas metodologias de treino e as equipas comandam quase todos os escalões”, explicou. Esta seleção já defrontou o FC Porto e o Rio Ave.