O Jogo

“Podemos abanar, mas nunca vamos cair”

Advogado apresentou candidatur­a para “arrumar a casa” após turbulênci­a. “Experiênci­a”, vinca, será trunfo decisivo

- BRUNO FERNANDES

Assume-se como candidato da “transição” e garante que não se perpetuará na presidênci­a caso vença a corrida de 8 de setembro. Em 2022, diz, quer passar o testemunho com a certeza de que cumpriu a missão

Foi sob o lema “Pelo teu amor” que Dias Ferreira apresentou ontem a sua candidatur­a à presidênci­a do Sporting. É, aos 71 anos, o candidato mais velho a submeter-se à vontade dos sócios, uma vantagem, diz, se prestarem atenção aos constantes serviços prestados a um dos amores da sua vida. O advogado avança, garantiu, para “arrumar a casa” – rejeita a ideia de “revolução” e fala em “reorganiza­ção” –, num dos momentos mais conturbado­s na história do clube; promete, contudo, não se perpetuar na liderança caso vença. “Em 2022 [referese ao próximo ato eleitoral], espero passar o testemunho com a alegria de ter cumprido a minha missão”, vincou.

“Avanço em circunstân­cias diferentes em relação a 2011: estas eleições vão servir para fechar uma página, que teremos de recordar para não cairmos nos mesmos erros. E é claro que vamos pensar no futuro. Parto [para a corrida] com o objetivo de arrumar a casa. Passámos por um momento no qual abanámos, sim, mas não caímos. Aliás, podemos abanar, mas nunca vamos cair. Ganhando ou perdendo, o amor da massa associativ­a é sempre o mesmo; podemos abanar, mas não nos podem abater”, explicou num restaurant­e da capital, prosseguin­do com a certeza que é em si que vai cair a maior soma dos votos: “Acredito que vou ganhar, porque os sócios me conhecem bem. Nunca me servi do Sporting, mas prestei-lhe imensos serviços – não percebo que alguém pense que isso pode ser negativo. Tenho experiênci­a, que neste meio é essencial. Não caio aqui de paraquedas e sei que houve muita gente que achou que iria desistir; achei que aquela altura [quando assumiu vontade de ir a votos] não era a ideal para falar. Vou ganhar porque me convenci que o posso fazer.”

Melhorias significat­ivas no futebol, formação e scouting, construção de uma nova Academia, mais perto do coração de Lisboa, manter a aposta –

“Estas eleições vão servir para fechar uma página, que teremos de recordar para não cairmos nos mesmos erros. Mas, claro, a olhar para o futuro”

“Vou ganhar porque me convenci disso”

“Nunca me servi do Sporting, mas prestei-lhe imensos serviços. Não caio aqui de paraquedas”

“Sofro pelos meus familiares benfiquist­as porque eles estão envergonha­dos com o que se está a passar no clube deles”

“Lutarei sempre contra o que está mal no futebol”

sustentáve­l – nas modalidade­s e executar a reestrutur­ação financeira à Sporting SAD são algumas das bandeiras do seu programa, assim como... a luta constante pela verdade desportiva. Foi aí que, no discurso de Dias Ferreira, entrou o nome “Benfica”, mas apenas para esclarecer que nunca disse que sofre pelo rival. “Disse que os respeitare­i na mesma medida em que nos respeitem. Sofro, sim, pelos meus familiares benfiquist­as, porque eles andam envergonha­dos com o que se passa no seu clube. Lutarei sempre a favor da verdade desportiva, contra a corrupção e o que está mal no futebol. Não sei se sabem, mas quando ainda ninguém sabia bem o que era o caso dos ‘vouchers’ eu constituí-me testemunha do processo”, disse.

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