O Jogo

“Estou a ver o mundo, foi o que sempre quis”

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Gilberto é natural de Portimão e começou a jogar no Lagoa AC. Aos 15 anos, mudou-se para o FC Porto onde se tornou num dos mais brilhantes jogadores portuguese­s de sempre Também praticou karaté, mas o andebol levou a melhor. “O meu irmão fazia as duas e eu segui as pisadas dele. A certa altura, tive de escolher e fui para o andebol”, recorda

Gilberto Duarte recorda os nove anos passados no FC Porto – é um dos três verdadeiro­s heptacampe­ões, a par de Hugo Laurentino e Ricardo Moreira – mas quer continuar a jogar fora

Meia distância está feliz com o que já fez, mas aponta os olhos ao presente e ao que ainda tem para fazer. Deixou o FC Porto como um histórico, um dos três verdadeiro­s heptacampe­ões. O que significa isso? —Se a minha carreira acabasse agora, teria de ficar totalmente tranquilo e feliz porque marquei a história do andebol português e de um clube. Teria o direito de pensar dessa maneira, mas como a minha carreira ainda não acabou, não vou pensar no passado, tenho de pensar no presente e no futuro. De qualquer maneira, já se percebe que é algo importante... —Sim, claro que sim. Estou completame­nte feliz com o que fiz. Como recorda esses nove anos passados no FC Porto? —Nove anos é uma vida... Foram nove anos em que cresci muito em todos os aspetos, vi muitas coisas, aprendi muitas co is as...Éo que eu digo,éu ma vida. Entretanto já teve outro treinador, vai ter outro no Barcelona. Continua a considerar que Ljubomir Obradovic foi um treinador importante? —Não há muito a dizer, apenas que foi, claramente foi. Quem disser que não ou não percebe nada de andebol ou... enfim. Recordo-me que no início muita gente o criticou, mas, mal ou bem, com os métodos dele, o trabalho deu resultado e não só o FC Porto tirou frutos, como também o andebol português. Obradovic obrigou as outras equipas a melhorar. Acredito que para os outros não tenha sido fácil ver outra equipa a ganhar sete campeonato­s seguidos. Obradovic ajudou muito o andebol português. Continua a acompanhar o campeonato português? —Claro, vou vendo os resultados, tento ver um ou outro jogo, às vezes não é fácil, mas os resultados vou acompanhan­do. Também vou falando com os meus ex-colegas, amigos, vou pedindo informaçõe­s. Acredita que regressará ao andebol português? —Não sei. Tudo pode acontecer. Pode ser já no próximo ano, daqui a cinco ou nunca mais. Não sei responder a isso. Mas, para já, estou a gostar da experiênci­a de jogar lá fora, estou a ver o mundo, que foi o que sempre quis. Espero continuar lá fora. Algum clube português o contactou? —Sim, houve clubes que perguntara­m pela minha situação, mas não quero dizer quais.

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Gilberto Duarte esteve na redação de O JOGO

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