O Jogo

TIAGO SILVA

“Não me considero o maior ativo”

- ANDRÉ BASTOS

Com a saída do Etebo para o Stoke City, o médio não se sente como a principal figura do Feirense, pois vê um plantel bastante forte e equilibrad­o, com um misto de experiênci­a e irreverênc­ia…

Tiago Silva vai iniciar a terceira temporada ao serviço do Feirense, a primeira como jogador da equipa de Santa Maria da Feira, depois de, a meio da época passada a SAD ter comprado o médio, que estava emprestado pelo Belenenses. O jogador, de 25 anos, assinou por três anos e meio, num gesto de gratidão ao Feirense, que acreditou nele, ao contrário de muitos… Esta é a sua terceira temporada aqui. O que espera, depois de na primeira o Feirense ter surpreendi­do com um oitavo lugar e na última ter ficado na 16.ª posição? —É um ano de consolidar o Feirense na I Liga. Fazer uma época tranquila e só pensar noutras coisas depois de assegurar a permanênci­a. Esta é também a primeira temporada como jogador do Feirense, pois antes estava emprestado pelo Belenenses, isso mudou a sua mentalidad­e? —Sempre fui um jogador comprometi­do, independen­temente da minha situação contratual. Sinto a obrigação de retribuir tudo aquilo que a SAD me deu e toda a confiança que demonstrou em mim. Na altura em que assinou por três anos e meio, o que pesou na sua decisão? —Quando mais ninguém confiou em mim, eles confiaram. Não estava a ser opção no Belenenses, um clube a quem devo muito, mas o Feirense deu-me a mão na pior altura da minha vida. Por isso, devo muito ao Feirense e isso pesou na decisão. O Belenenses está um pouco dividido entre a SAD e o clube, sente que foi melhor vir para cá? Como tem visto esses problemas? —Acho que é uma pena o que se está a passar porque é um histórico do futebol português. Não estou muito a par, sei que há uma divisão entre a SAD e o clube e isso não é bom para os adeptos, jogadores e clube. Acho que e só têm a perder com isso. O facto de jogarem agora no Jamor também não é benéfico, pois já em Belém o estádio era grande e ia pouca gente, no Jamor vai ser muito pior e é uma pena, pois é um clube top. Com a saída do Etebo, sente que é o maior ativo do Feirense? —Não me considero o maior ativo. Para além dos reforços que chegaram, com qualidade e experiênci­a, temos muito bons jogadores aqui. Te-

mos o Diga, o João Tavares, que são jovens e estão a aparecer. O próprio Sturgeon também tem muita margem de progressão. Posso encaixarme num top 5, mas isso vai depender do coletivo. Penso que temos um plantel forte e completo, os mais velhos transmitem segurança para os mais jovens. Os mais jovens trazem alguma irreverênc­ia e estamos equilibrad­os. Fruto de ser uma das maisvalias do plantel, teve alguma proposta para sair? —Creio que sim, mas algumas não eram vantajosas para o Feirense, outras para mim. Vi nos jornais a hipótese de ir para a Turquia, mas nunca houve nada em concreto. Como é um jogador bastante apreciado pelos adeptos e equipa técnica, acha que tem carisma para ser um dos capitães? —Não vivo obcecado com isso, pois quando temos de assumir algo, não precisamos da braçadeira, mas se tiver de ser aceito. Já fui capitão no Belenenses, na formação e no futebol profission­al. Na apresentaç­ão aos adeptos, o Cris falou do sonho de conquistar uma Taça. É um objetivo? A Taça é uma competição em que estamos inseridos, mas não é uma prioridade. Se podermos ganhar, melhor ainda, toda a gente tem esse sonho, mas estamos mais focados na I Liga.

“O Feirense deu-me a mão na pior altura”

“É uma pena o que se está a passar no Belenenses, pois é um histórico do futebol português”

“O futebol está um bocado feio. Qualquer bom resultado que se faça com um grande é considerad­o suspeito”

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