O Jogo

Skrtel segurou as trancas até não poder mais

- FREDERICO BÁRTOLO

Cocu foi fiel à preparação para a época e apostou num 4x4x2 clássico. Os turcos começaram por sair bem para o contra-ataque, mas foram recuando à medida que o jogo avançava, mudando para 4x2x3x1. Na segunda parte, a inteligênc­ia na circulação da bola decaiu e o meio-campo foi assaltado. Os quatro remates (um à baliza) espelham a pouca aventura turca: coesos, sim, mas ficando curtos. Defesa O guardião Demirel, com alguma culpa no golo sofrido, ainda salvou um punhado de lances de perigo, protegendo um quarteto defensivo que foi o mais regular do Fenerbahçe, acabando penalizado pela falta de marcação no golo de Cervi. Skrtel foi o esteio e livrou quatro remates com selo de golo. Kaldirim seguiu-lhe as pisadas e brilhou no ataque e na defesa. Isla subiu pouco, atento que estava a Grimaldo e Cervi, mas falhou na marcação ao argentino no lance decisivo. Apesar de forte nos duelos, Neustadter vacilou sempre que teve a bola e ofereceu duas transições ao Benfica. Meio campo A linha de quatro médios deu pouco espaço às investidas do Benfica pelo miolo, mas foi cedendo à pressão. Dirar e Valbuena foram solidários a defender: o francês destacou-se a temporizar o jogo, mas perdeu-se em fintas; Dirar foi pouco consequent­e. Na dupla central esteve um elástico Topal, que resgatou inúmeras bolas sem perder a posição, e Elmas exibiu qualidade no passe, mas faltou-lhe agressivid­ade. Ataque Giuliano acompanhou Potuk na dianteira e a pressão alta de Cocu condiciono­u a primeira fase do Benfica. Ainda assim, a equipa foi baixando e o turco acabou como principal referência. Ganhou duas vezes a frente a Jardel e apostou no contragolp­e, mas sem rasgos. Soldado nada acrescento­u. Giuliano, o mais criativo, ficou sempre perdido entre Fejsa e os centrais.

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