Ataque em jejum e o miúdo cheio de fome
Aboubakar e Soares não marcam desde fevereiro, mas só o camaronês pode fechar hoje o mau ciclo. André Pereira procura a estreia a faturar
Sérgio Conceição começou por ter problemas na defesa, mas agora está com dificuldades na frente. O jovem que esteve cedido ao V. Setúbal continuará a ter margem para mostrar qualidades
Alesão de Soareseaausência de Marega são as últimas achas para a fogueira do ataque portista, que já viveu dias bem mais fartos e eficazes. Na lista para o Chaves ainda há Aboubakar, André Pereira, Adrián López e Marius, mas a quantidade de opções não é exatamente tranquilizadora para Sérgio Conceição. O jovem avançado do Chade dificilmente conta nesta fase de adaptação, o espanhol também nunca foiprimeiraopção, André Pereira pode estrear-se para a I Liga no Dragão e o camaronês, nesta fase indiscutível, não marca há... 568 minutos. Dar a volta ao problema é um desafio para Conceição, que vai manter o africano no onze, não se sabe se ao lado de André Pereira ou de um reinventado Otávio.
Por falar em jejum de golos, também Soares (lesionou-se entretanto) não passa por uma boa fase. O brasileiro está em crise há 608 minutos, número até superior ao de Aboubakar. Também ele faturou pela última vez no longínquo mês de fevereiro, há nove desafios. Aboubakar conta dez sem provar os golos e, ao contrário do colega, nem nos jogos de préépoca à porta fechada picou o ponto.
A recuperação psicológica da dupla já era urgente no final de 2017/18 e mais se agudiza agora que Marega tenta forçar a saída e por isso está fora das opções do treinador. No meio da crise emerge o miúdo André Pereira, que é quem mais tem a ganhar com o contexto. André começou a pré-época de mansinho, aproveitou os particulares para marcar e ir evitando a dispensa e ouviu, de Sérgio Conceição, a garantia de que ia ficar no plantel logo depois do jogo de apresentação. A súbita baixa de Marega lançou-o como titular contra o Aves e a lesão de Soares garante-lhe mais tempo, seja como titular ou primeira opção no banco, para encontrar o caminho para o primeiro golo oficial pela equipa principal do FC Porto, onde somou 24 minutos na temporada passada. Pela formação B, marcou 16 golos em duas meias épocas.