O Jogo

Valentes transmonta­nos em busca da perfeição

Daniel Ramos pedirá um bocadinho mais do que o melhor possível à equipa, porque somente com superação poderá fazer história no Dragão, um marco histórico de jejum de pontos

- MÓNICA SANTOS CARLOS VERAS

É apenas a jornada de estreia no campeonato, é cedo para pedir tanto, e logo na casa do campeão e sem dois nomes importante­s – Paulinho e Bressan –, mas há sempre uma primeira vez para tudo

Nesta liga de conquistad­ores e guerreiros, os transmonta­nos dizem-se valentes eéaessepre dica do demarca que hoje se agarram. O Chaves nunca pontuou no Dragão e tentará fazê-lo esta noite, mais uma vez, à procura de uma proeza inédita. Também nunca passara à fase de grupos da Taça da Liga e no primeiro jogo oficial da época conseguiu uma vaga, nos penáltis, frente ao Arouca. Daniel Ramos, novo treinador dos transmonta­nos, de regresso à casa por onde passou na fase inicial da carreira, há 14 anos, promete uma equipa “determinad­a a fazer uma boa época”. “Se pudesse escolher”, o calendário abriria com um adversário mais meigo. Assim, arranca com“exigência máxima” e um apelo ao que o cole ti votem de melhor, para enfrentar o pior cenário possível, o “campeão nacional, fora, com casa cheia, motivação altíssima do adversário que vem de uma conquista”, enunciou Ramos, sem esquecer os “parabéns” aos dragões pela Supertaça. Do lado do Chaves, sobra a vontade de contrariar a lei do mais forte. “É natural que o adversário tenha o grande domínio do jogo, mas nalguns momentos vamos tentar, com as nossas armas, ter também a bola, criar oportunida­des, se possível, chegarmos a golo, de forma a discutirmo­s o jogo”. No limite dessa atitude mora a esperança de conseguir pontos. É a de todos os desafios, mas, neste caso, é algo mais, “algo que nunca na história do Chaves foi conquistad­o ao FC Porto, fora de casa. Se formos nós, é mais um fator de motivação para um bom campeonato que queremos fazer”. Entre a vontade e um resultado histórico está um adversário que se fez campeão numa caminhada que, em casa, só deixou cair dois pontos. “Se o FC Porto não perdeu nenhuma vez e só cedeu um empate no campeonato inteiro, isso diz bem do que foi e continua a ser uma predominân­cia forte em casa, com uma qualidade de jogo boa e uma massa adepta fantástica”, reconheceu Daniel Ramos. O rumo para fazer diferente é o da superação. “Temos de nos transcende­r, conseguir ser superiores ao que foi a maioria. Com grande superação, entreajuda fantástica, organizaçã­o muito boa, com sorte, também, com eficácia ao máximo, com um jogo quase perfeito.”

“É natural que o adversário tenha o domínio, mas nalguns momentos vamos tentar (...) discutir o jogo” “Temos de nos transcende­r, conseguir ser superiores ao que foi a maioria.” Daniel Ramos Treinador do Chaves

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Daniel Ramos vai ter hoje missão complicada

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