“Foi um dia muito bonito”
Espanhol conquistou a terceira etapa nesta Volta a Portugal e agora quer vencer por equipas
A facilidade de Alarcón foi tal que conseguiu apreciar a paisagem deslumbrante, mas o ataque final, para um triunfo dedicado a Rui Vinhas, deixou-o sem forças. Hoje ainda terá um duplo objetivo
Raúl Alarcón venceu pela terceira vez e, na Senhora da Graça, ainda exibiu melhor as qualidades dos grandes campeões atuais: aguenta os ataques nas subidas e responde com acelerações fulminantes que só terminam no risco de meta.
“Foi um final difícil”, alertou, depois de ter superado o fugitivo David Rodrigues, deixando os três rivais a alguns segundos. O esforço fora tal que quase se desequilibrou ao erguer juntos os indicadores das duas mãos. “Fiz o ‘V’ de Vinhas por tudo aquilo que ele passou, por não abandonar a Volta e ter trabalhado muito. Hoje puxou quase 80 quilómetros. Dedico-lhe esta etapa com um muito obrigado, é um grande amigo, é um irmão”, declarou o camisola amarela, que estendeu a dedicatória à restante equipa, tão poderosa que recuperou 2m11s ao Sporting-Tavira e ficou a dois segundos da liderança coletiva, outra das classificações que a W52-FC Porto gosta de conquistar. “Seria muito bom vencer também por equipas, mas primeiro falta conquistar a Volta”, defendeu-se Alarcón, para acabar por confessar que “em princípio a amarela estará segura”.
O controlo dos portistas nas três montanhas de primeira categoria foi de tal ordem que o camisola amarela até destacou o “dia muito bonito”. “Gostei muito da etapa, pela paisagem e pela dureza. No final, ainda consegui vencer, o que me deixa contente pelos colegas, por poder retribuir tudo o que têm feito por mim.”
“Vinhas puxou quase 80 quilómetros. Dedico-lhe esta etapa com um muito obrigado, é um grande amigo, é um irmão”
Raúl Alarcón W52-FC Porto