“TER A BOLA SERÁ FUNDAMENTAL”
ARTUR MORAES Titular nas águias frente ao Fenerbahçe em 2013, o guardião do Aves diz que é preciso contrariar o ímpeto inicial dos turcos
O guarda-redes brasileiro alerta para o “ambiente pesado” que os jogadores do vice-campeão nacional vão encontrar em Istambul na segunda mão da terceira pré-eliminatória de acesso à Champions
O Benfica regressa amanhã a um palco de má memória, pois em abril de 2013, na última vez que defrontou o Fenerbahçe no Estádio Sukru Saracoglu, foi derrotado por 1-0, na primeira mão das meias-finais da Liga Europa, apurando-se, contudo, para a final após um 3-1 em casa. Titular nessa partida, Artur Moraes enumera as principais dificuldades que as águias podem encontrar em Istambul nesta terça-feira. “O estádio não é muito grande, mas os adeptos estão próximos do campo e o ambiente é muito pesado. Os turcos vão apostar muito nisso. Nessa partida, lembro-me que tivemos uma bola na trave logo no início, pelo Webó, creio, e o estádio quase veio abaixo. Foi uma pressão muito forte e é muito importante que o Benfica não sofra um golo na fase inicial, porque nesse caso terá muitas dificuldades pelo grande entusiasmoqueserácriado.Controlar a posse de bola será fundamental para tirar confiança ao Fenerbahçe nos minutos iniciais”, afirma Artur a O JOGO.
Conhecedor do ambiente na Turquia, dado que também alinhou no Osmanlispor em 2015/16, o jogador admite que o ruído exterior favorável ao Fenerbahçe não será suficiente para intimidar os encarnados. “Qualquer jogador do Benfica está pronto para enfrentar todas estas situações, mas é preciso inteligência e controlo emocional muito forte para gerir os momentos do jogo”, sublinha o guarda-redes de 37 anos.
No entanto, Artur acredita que o golo marcado por Cervi em casa, no triunfo tangencial por 1-0, será suficiente para consumar a passagem ao playoff da Champions. “O Benfica é favorito e na primeira mão mostrou o seu poder ao Fenerbahçe, mas penso que vamos assistir a uma partida muito equilibrada”, perspetiva.
Para o guarda-redes, há ainda outro fator que pode ser benéfico para a equipa portuguesa: o conhecimento das ideias de Rui Vitória, pois a maioria dos jogadores trabalha com o técnico há várias épocas. “Será uma vantagem, porque do outro lado, o Fenerbahçe está a iniciar os trabalhos com o Cocu. Nesta eliminatória, é preciso ter experiência na gestão dos momentos defensivos e não só, mas nós jogadores sabemos fazer isso”, enfatiza Artur, que fica a torcer pela antiga equipa.
Em 2013, o Benfica teve ainda uma grande penalidade desfavorável, mas os turcos não aproveitaram a soberana oportunidade e em Lisboa, a formação orientada por Jorge Jesus conseguiu levar de vencida o Fenerbahçe. Todavia, na final da Liga Europa, frente ao Chelsea, os blues derrotaram as águias por 2-1, com um golo nos descontos de Ivanovic.
“Qualquer jogador do Benfica está pronto para enfrentar todas as situações”
“O Benfica é favorito e na primeira mão mostrou o seu poder”
Artur Moraes
Guarda-redes do Aves
“Experiência de Jardel permite orientar Rúben Dias”
Do atual plantel dos encarnados, apenas Jardel e Salvio foram titulares em 2013 contra o Fenerbahçe na Turquia. À frente de Artur estava o central, atual vicecapitão, um defesa que “evoluiu” no entender do guarda-redes avense. “Tem uma maturidade muito grande e ganhou confiança a partir do momento em que passou a usar a braçadeira”, assume, destacando o papel de Jardel no crescimento de Rúben Dias. “A experiência de Jardel permite orientar o Rúben no processo de evolução deste”, atira.