“É POR CÁ QUE SOU BEM TRATADO”
RAÚL ALARCÓN Foi a descer que começou a ganhar a Volta e já pensa no bolo de 10 metros que terá para comer
“Se no ano passado tinha cinco metros, este ano o bolo terá o dobro...”
Raúl Alarcón
W52-FC Porto
A festa da segunda Volta consecutiva de Alarcón ia meter vinho verde e muita alegria em Sobrado. Antes de partir de Fafe, o corredor da W52-FC Porto explicou como ganhou e que ainda não pensa no tri
Foi numa sala de Imprensa improvisada, em plena reta da meta de Fafe, que Raúl Alarcón deu a entrevista final de vencedor da Volta a Portugal. Sorrindo sempre, sabia que tinha a festa da equipa à sua espera. De qual vitória na Volta gostou mais, a primeira ou a segunda? —O ano passado era a primeira que ganhava e foi incrível. Ao repetir, que posso dizer? É impressionante ganhar a segunda. Estou muito contente. Qual foi o momento decisivo?
—Trabalhámos muito para conseguir vencer. Houve um momento-chave, aquele em que ataquei na descida da terceira etapa e ganhei tempo aos adversários. Depois, nas Penhas da Saúde, ganhei mais tempo. O objetivo era manter a amarela até ao crono final, para tentar ganhar a Volta. Na Senhora da Graça, também foi um momento muito bom, porque vencemos e os nossos rivais não conseguiram responder. O contrarrelógio já foi uma prova controlada? —No ano passado partia com uma vantagem maior. Tinha de estar concentrado para fazer um bom crono e não perder o minuto para o Joni. Como viu a presença de Rui Vinhas até final? —Foi muito mais importante do que possam pensar. Para mim, foi muito importante ter o Vinhas na corrida. Tudo fez para continuar, no estado em que estava. Agradeço-lhe muito.
Que vai fazer agora?
—Agora vamos festejar todos juntos. Estarei com os meus colegas, família e amigos. Vou beber com vinho verde, se o Nuno Ribeiro deixar! E não vai comer outro Napoleão gigante? —O meu amigo Quintino tinha dito que se no ano passado eram cinco metros, este ano o bolo teria o dobro. Ele já sabe... Já foi um corredor do
World Tour e agora ganha numa divisão inferior. Não pensa regressar a esse nível?
—Estou bem aqui, por agora não penso nisso. Estive numa equipa do World Tour, não correu muito bem, tive de voltar ao ciclismo amador. Agora estou há muitos anos em Portugal, sou muito bem tratado e não penso em sair.
Já pensa no tri?
—Agora que ganhei a segunda, sim. Para o ano se verá.
RAÚL ALARCÓN TEM 12 VITÓRIAS INTERNACIONAIS, INCLUINDO DUAS
GERAIS E SEIS ETAPAS DA VOLTA
A PORTUGAL