O Jogo

Rui Vitória “Não valia a pena dar um tiro na cabeça”

Técnico falou das dificuldad­es que as águias tiveram, mas lembrou que a equipa não abanou com o empate e revelou o que disse aos jogadores ao intervalo

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Treinador dos encarnados realçou a capacidade da equipa para se adaptar aos momentos do jogo: ora “esconder a bola”, ora “agredir a defesa rival”. Vitória reforça: “Soubemos jogar a Liga dos Campeões”

O apuramento do Benfica para o play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões seria sempre especial, porém Rui Vitória vincou as contraried­ades que se tornaram em forças para derrubar o Fenerbahçe. Começou dentro de campo, finalizou nas bancadas. “Fejsa esteve para não jogar devido a uma gastroente­rite que o deixou muito combalido, ainda para mais em dia de aniversári­o [ontem]; o Castillo saiu lesionado de forma prematura... O presidente não esteve cá [está hospitaliz­ado em Lisboa] e foi a primeira vez que não pudemos contar com os nossos adeptos em jogos da Liga dos Campeões. Por tudo isto, foi a passagem da superação. Fizemos uma eliminatór­ia categórica”, principia o técnico encarnado, perentório a rejeitar que o Benfica fosse pouco criterioso na transição ofensiva: “Não se consegue a perfeição e não aceito que coloquem lacunas no que a minha equipa fez. Soubemos jogar a Liga dos Campeões. Os jogadores interpreta­ram bem o que queríamos para o jogo. Fomos muito personaliz­ados, soubemos esconder a bola, mas também

Rui Vitória explicou o porquê da utilização de Castillo no onze inicial. O técnico disse que o chileno dá “mais profundida­de e melhor saída longa” “Fejsa esteve para não jogar, Castillo saiu cedo. E não pudemos contar com os nossos adeptos...” “Soubemos jogar a Liga dos Campeões. Fomos muito personaliz­ados” Castillo dá-nos profundida­de. Ajuda a uma melhor saída longa. Ferreyra teve ação meritória” “Agrada-me ver a forma como um jogador de 19 anos explana o seu futebol. Mas não me espanta”

percebemos como agredir defesa do Fenerbahçe.”

O Benfica sofreu o golo do empate perto do descanso, porém Vitória nunca sentiu o resultado em perigo: “Na segunda parte até acho que controlámo­s melhor o jogo. A equipa estava consciente do que tinha feito na primeira parte, disse-lhes que ‘não valia a pena darem um tiro na cabeça’. Jogadores só precisaram de uma indicação e tentámos tranquiliz­á-los.”

Castillo tomou o posto de Ferreyra e a explicação centrou-se na capacidade de sair à pressão turca. “Castillo dá-nos mais profundida­de, permitenos uma melhor saída longa. Foi pena a saída prematura. O Ferreyra tem outros atributos, mas também teve uma ação meritória”, reforçou, passando pelo elogio ao adversário: “Enfrentámo­s uma das equipas mais difíceis que poderíamos ter encontrado. Passámos três obstáculos até aqui [inclui o V. Guimarães na equação] e não vale de muito pensar no PAOK.”

Lançado o tema grego, Rui Vitória deixou uma afirmação sintomátic­a antes de voltar à juventude: “Ganhar no Bessa é import antepara passara próxima eliminatór­ia. Quanto aos jovens, desde que haja qualidade, a porta está aberta. Agrada-me ver a forma como um jogador de 19 anos consegue explanar o seu futebol. Mas não me espanta”, finalizou sobre Gedson. Quanto ao mercado, o técnico foi perentório: “Não sou treinador para vir aqui dizer que preciso disto ou daquilo. Falo com o meu presidente e com a minha administra­ção.”

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Kaldirim bem tentou travar Salvio, mas o benfiquist­a foi mais forte

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