“Ficou tudo na estrada”
João Rodrigues, revelação da W52-FC Porto, ainda vive “imensamente a satisfação” de uma fantástica Volta a Portugal
Orgulhoso com os elogios de Alarcón e Ricardo Mestre, o jovem algarvio refere que só depois da lesão de Samuel Caldeira é que soube que ia participar. E não pensava que pudesse ser sétimo
“Não sei se serei um futuro vencedor da Volta, mas prometo trabalhar muito para isso.” Foi assim, de modo singelo, que João Rodrigues comentou o vaticínio de Raúl Alarcón, que, logo a seguir à consagração em Fafe, apontou o seu jovem companheiro como potencial triunfador de uma das próximas edições da Volta a Portugal. Outro corredor já com galões, Ricardo Mestre, teceu, de resto, opiniões muito idênticas. “É muito bom ouvir isso, sobretudo vindo de dois ciclistas que já ganharam a Volta. O Ricardo até esteve numa equipa do Pro Toureéu ma migo com quem treino diariamente. Ele conhece-me como ninguém. O Raúl tem um palmarés que fala por si, e, por tudo isto, só tenho de me sentir orgulhoso e contente.”
João Rodrigues, já se sabe, foi a grande revelação da Volta. Ajudou sobremaneira ao do- míniodaW 52- FC Porto, obteveum sensacional segundo lugar nocontr ar relógio e termino uno sétimo posto da geral. Números ainda mais fantásticos porque, em princípio, tratava-se de um suplente. “Foi só após a lesão do Samuel Caldeira que o Nuno Ribeiro me disse que ia participar. E insistiu para me preparar bem. Então, planeei os treinos com o meu preparador físico e o trabalho foi muito bem feito”, conta o jovem algarvio, de 23 anos, a viver “imensamente a satisfação de uma Volta espetacular”. “Nunca pensei que me pudesse apresentar neste momento de forma”, confessa, referindo ter dado “o máximo em todos os quilómetros” e ilustrando o ocorrido com uma frase sintomática: “Ficou tudo na estrada, não trouxe nada para casa.”
A retemperar forças, junto da família, João Rodrigues dá conta de querer continuara evoluir .“Sempre fui melhor ciclista asubir,n amontanha. Em 2013, quando passei a profissional, no Tavira, comecei a treinar com mais insistência as outras vertentes, como o contrarrelógio. Também era algo fraco a rolar, mas fui melhorando”, afirmou, garantindo que todo este processo é para continuar.
“Não sei se serei um futuro vencedor da Volta, mas prometo trabalhar muito para isso”
“O Nuno Ribeiro insistiu para me preparar bem. Então, planeei os treinos com o meu preparador físico e o trabalho foi muito bem feito” João Rodrigues W52-FC Porto