Abel Ferreira “Foi uma ferida que se abriu”
Treinador do Braga admitiu que os jogadores nem sempre tiveram as melhores decisões em campo, mas elogiou-lhes o empenho
“Nem sempre a melhor equipa vence. É um objetivo falhado, mas o futebol tem destas coisas” “Eu sou muito honesto. Mesmo sem rever, não fomos felizes. Por muito que custe, é uma ferida que se abriu” “Os jogadores deram o seu melhor, mas nem sempre tomámos a melhor opção. Queríamos muito passar” É triste, mas é hora de provar que, na adversidade, podemos estar todos juntos”
Um “objetivo falhado” em casa, no reencontro com os ucranianos do Zorya, depois de ter estado em vantagem na corrida ao play-off da Liga Europa abriu “uma ferida” na Pedreira
“A primeira coisa a fazer é assumir o objetivo perdido”, atirou Abel Ferreira, quando se viu diante da câmara da Sport TV, ainda sob o choque do prematuro adeus do Braga à Liga Europa, na terceira eliminatória e depois de ter estado a vencer os ucranianos do Zorya. “Fomos melhores nos dois jogos, mas o futebol tem destas coisas. Nem sempre a melhor equipa vence, temos de assumir que é um objetivo falhado, mas o futebol tem destas coisas. É na adversidade que se vê a união. É mais um desafio para nós.Éduro,é algo que queríamos muito. Jogámos com um adversário com muitas valias, que cria muitas dificuldades... Mas hoje [ontem, n.d.r.] não fomos felizes”, declarou o treinador do Braga, que fez questão de “repetir” o apoio incondicional ao balneário: “Temos de levantar a cabeça. É na adversidade que se vê a união. Temos de pensar em recuperar já os jogadores, a quem quero deixar uma mensagem: nem sempre executámos bem, mas não podemos negar o empenho de nenhum.” “Pensar já no próximo jogo” e centrar a ambição no calendário na cio naléa solução, apesar de esta eliminação ser difícil de digerir: “Eu sou muito honesto. Mesmo sem rever e ainda a quente, sem poder fazer uma análise mais absoluta, não fomos felizes. O nosso adversário fez muitos remates do meio da rua, mas não precisaram de muitas oportunidades para lá chegar [à baliza]. Tivemos as nossas oportunidades. Depois do 1-0 há uma situação para chegarmos ao segundo golo, no 2-1 igual, mas o futebol é isto. Por muito que custe, éumafe rida que se abriu. É um desafio que temos e acredito que mesmo assim estamos todos juntos”. Sem a Europa, “a responsabilidade” do Braga “é sempre a mesma”, lembrou Abel Ferreira: “É chegar com a convicção de que damos o melhor a cada treino. Os jogadores deram o seu melhor, mas nem sempre tomámos a melhor opção. Queríamos muito passar esta eliminatória, mas este ano vamos ter de ficar por aqui. É triste para nós, para os nossos adeptos “, terminou.