La Liga emigra para os Estados Unidos
Projeto conjunto entre espanhóis e americanos cria a La Liga North America, uma missão transatlântica com o Mundial’2026 em linha de vista
Um jogo do campeonato espanhol vai ser jogado nos “States”, onde os clubes do país vizinho vão ganhar maior projeção. Empreendimento ambiciona mudar a face do desporto-rei. Mas jogadores estão contra
De olhos postos no Mundial’2026 que se vai realizar nos EUA e no desenvolvimento do futebol na América do Norte, foi ontem anunciada a criação da La Liga North America, um empreendimento conjunto e abrangente que tem como atrativo a realização de um jogo grande por época de La Liga nos “States”.
A “joint venture”, ontem noticiada pela Imprensa espanhola, tem como parceiros La Liga e a multinacional Relevent – responsável pelo sucesso da International Champions Cup em termos de chamamento de público –, compreende uma afirmação maior docampeonatoespanholnum terreno há muito considerado fértil para exploração. O acordo visa a criação de escolas de futebol, formação de treinadores de formação, ações de marketing, bem como alavancar marcas.
O entusiasmo está a mover os protagonistas pelo projeto. A Relevent considera estar-se perante “um ponto de inflexão no futebol”, ao passo que Javier Tebas, presidente de La Liga considerou: “A nossa intenção passa por fomentar a paixão do futebol à escala mundial. Este acordo é revolucionário e sem dúvida que vai dar um impulso fundamental para a popularidade de um desporto tão bonito.” Importa salientar que a abrangência dos planos ontem reveladosestende-seatodoomapa da América do Norte, uma vez que o Canadá será igualmente parte ativa das atividades daquela que é já considerada pelos responsáveis como “uma grande aventura”, que promete alargar também o alcance dos clubes espanhóis.
O projeto não tem, contudo, o apoio de todos. A Associação de Futebolistas Espanhóis opõe-se e assinala: “Na sua linha habitual, a Liga Espanhola prescinde da opinião dos futebolistas e compromete-os em ações que só a ela beneficiam, sem se importar com a saúde e os riscos dos jogadores.”