“O nosso jogo é no campo...”
Treinador leonino recusou comentar o tema do dia e defendeu a coesão e imunidade do grupo
Incomodado com as perguntas sobre a agitação no reino do leão, o técnico acabou por falar pouco de futebol e alertou para dificuldades: “Sabemos o que valemos neste momento. Não vai ser fácil”
Os acontecimentos que ontem agitaram o Sporting (ver páginas 12-13) relegaram para segundo plano a conferência de José Peseiro, que recusou abordar o assunto e o seu impacto no seio do grupo de trabalho, defendendo a união inabalável que existe no balneário.
“Jogamos com o V. Setúbal e é nisso que estamos focados. Temos de desviar o nosso foco de qualquer situação anormal que possa acontecer, porque é mesmo anormal. Mais importante do que falar desses temas é falar do nosso caminho, da nossa responsabilidade, do que preparamos, não vamos desviar as nossas atenções, não faz sentido nenhum. O nosso jogo faz-se dentro do campo. Só há um Sporting, que vai estar unido no estádio”, esclareceu, assumindo que espera dificuldades: “Conhecemos o treinador [Lito Vidigal], as suas equipas, a agressividade que coloca, tem tido boa performance. Sabemos tudo, mas sabemos o que valemos neste momento e os objetivos da equipa, que passam por vencer, e não vai ser um jogo fácil.”
O técnico leonino, que confirmou Salin a titular, evitou falar de eventuais trocas nas alas (recorde-seque como Moreirense os agitadores Raphinha e Jovane entraram e foram decisivos), tal como do problema de indisciplina de Matheus Pereira, e destacou ainda o desempenho de Bas Dost na jornada inaugural “para quem esteve dois meses sem treinar”, referindo, porém, que “uma equipa é uma equipa”.
Por último, deixou a porta aberta aos recém-sagrados campeões europeus de sub19: “Podem ser aposta, tem a ver com a qualidade dos jogadores. O Miguel [Luís], o Thierry [Correia] e o Elves [Baldé] a curto prazo terão de ser soluções para nós.”
“Temos de desviar o foco de situações anormais, vamos estar unidos”
José Peseiro
Treinador do Sporting