O Jogo

Ronaldo estreia-se com boa exibição mas sem golos

Juventus ganhou em casa do Chievo [2-3]

- Enviada especial em Verona (Itália) CLÁUDIA GARCIA

Um saltinho e um sprint até ao meio-campo ao som de gritos e aplausos e com flashs de fo- tógrafos de todo o mundo. Foi assim a primeira entrada em campo de Cristiano Ronaldo com a camisola da Juventus para o aqueciment­o no EstádioBen­tegodideVe­rona,onde os bianconeri venceram o Chievo por 3-2 na partida inaugural da Serie A. Um jogo que era para ser “só” a estreia de CR7 em Itália, mas que tem uma história própria para contar e repleta de emoções. O Chievo deu mais luta do que o esperado, esteve a ganhar por 2-1 e os 15’ finais foram de cortar a respiração com direito a VAR, golo anulado, protestos, choque entre o CR7 e o guarda-redes do Chievo que terminou no hospital e golo de Bernardesc­hi já nos descontos.

Ronaldo foi o jogador da Juventus que mais rematou: oito vezes, quatro na direção da baliza, tendo Sorrentino evitado a festa do português que teve uma boa exibição depois de dez dias de treino com a equipa completa e de 19 no clube. Ao camisola 7 faltou só o golo numa tarde em que teve uma atuação completa.

No estádio que também foi palco da estreia de Maradona na Serie A com o Nápoles em 1984, Cristiano Ronaldo foi o último a entrar em campo, com um saltinho e uma cabeçada no ar, um ritual que já nos tinha habituado em Madrid. Jogou o tempo todo em Verona, debaixo de um calor intenso que atrapalhou o ritmo do jogo. Trabalhou para a equipa, procurou os colegas e mostrou-se muito ativo no diálogo com todos. Tentou remates de longa distância, mas também procurou tabelas com Douglas Costa, Dybala e Cuadrado. Notou-se alguma falta de entrosamen­to, principalm­ente quando jogou sozinho nome iode três aguerridos defesas do Chie von a área adversária. Com a entrada de Mandzukic, passou para o lado esquerdo do ataque e foi aí que, com Alex Sandro a fazer de Marcelo no corredor, surgiram as jogadas de maior perigo para a Juve e que culminaram no golo da vitória.

Além do desempenho técnico, CR7 também mostrou alguns detalhes de liderança, com os restantes colegas recetivos em ouvir as suas instruções e conselhos. Chamou Cuadrado e Dybala para dar indicações, conversou em mais do que uma ocasião com Chiellini e Alex Sandro e, assim que o Chievo fez o golo do empate, foi o primeiro a posicionar-se no meio do campo a pedir que os outros se apres-

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