“Reintegração? Não sei se será boa notícia”
Onze deverá ser o mesmo e Militão foi convocado
Técnico lamentou ver dirigentes a “papaguear” tentando destabilizar e criar guerrilhas. A partir do momento que a época começou, o mercado passou a ficar à porta do Olival
O rosto de Sérgio Conceição mudou de expressão quando Marega foi chamado para tema na conferência de Imprensa de antevisão ao Belenenses. O treinador ainda não perdoou a atitude do avançado e, por isso, não interpreta a futura reintegração como “uma boa notícia”. Falta saber se o jogador está de cabeça limpa. Quem não tiver frontalidade e honestidade não tem lugar no seu plantel, avisou. O presidente anunciou numa entrevista [ao jornal O JOGO] que Marega deverá ser reintegrado para a semana... — Não sei se será uma boa notícia, depende se o Marega treinar, se estiver comprometido, se estiver envolvido.
Não quero falar mais nisso. Que comentário faz ao processo disciplinar instaurado pelo do Conselho de Disciplina da FPF a Brahimi? — No ano passado, havia a novela das denúncias anónimas, este ano estão a pegar pelos jogadores. Nem tenho de dar exemplo daquilo que foi o Herrera na final da Supertaça, quando saiu a sangrar, levou três ou quatro pontos, foi agredido por um adversário sem que visse alguém na comunicação social referir-se ao lance. Vejo papaguear e vejo os dirigentes sempre na tentativa de destabilizar e criar guerrilhas. Cada vez que ligamos a televisão, vemos coisas que não fazem nada bem ao futebol. Ao contrário do que dizem, a forma mexida e apaixonada como estou no banco faz bem ao futebol. É normal um jogador, sem querer, dar uma cotovelada no Herrera e abrir-lhe a cabeça. O que não é normal é que não se fale disso e se fale de outra situação que não tem nada que ver e que é muito menos grave. Estou a ver que se vai pelo mesmo caminho com uma novela um bocadinho diferente. Mas, no fim, já sabemos o que acontece. Com cerca de duas semanas para o fecho do mercado, ainda espera reforços? — Falei de mercado quando achei que tinha de falar. Já conhecem a minha postura e a minha maneira de falar. Não sou padre, sou direto. Com isso, não quero dizer que não esteja em sintonia com a minha Direção e com o meu presidente. Tive de falar de mercado num período de pré-competição oficial, mas, a partir do momento em que começamos a jogar a Supertaça, o mercado ficou à porta do Olival. Concentro-me nos jogadores que tenho à disposição e esses são os melhores do mundo para preparar cada jogo como se fosse uma final para ganharmos. Neste momento, devo focar-me no jogo de amanhã [hoje]. O bom início de época de Brahimi tem que ver com o seu comprometimento?
— Sempre esteve. O Brahimi e acho que todos os jogadores, excetuando o único caso que de que já falamos, estão muito comprometidos, muito envolvidos. Neste clube, comigo, não tenho um jogador que não estivesse envolvido, ou comprometido, apesar de situações criadas pela Imprensa, um possível clube, ou um empresário... Há sempre – aliás esse foi um dos grandes segredos da conquista do título – essa frontalidade e essa honestidade. Essa foi a nossa grande força e este ano está exatamente igual e quem não está dessa forma não tem lugar no balneário.