Rui Vitória “Jogo quase perfeito, podia ter ficado seis ou sete a zero”
Técnico elogiou o esforço dos jogadores, identificando a reação à perda de bola como um dos segredos para condicionar os boavisteiros. Produção ofensiva mereceu palmas
“Nem parece que jogámos para a Liga dos Campeões na terça-feira. Fomos intensos nas disputas”
“Dominámos na primeira parte e, na segunda, aumentámos o caudal ofensivo. Merecíamos mais golos”
“O Ferreyra já merecia um golo. Tem feito grande trabalho de profundidade na frente”
Para o timoneiro dos encarnados, a equipa esteve em alta e só faltou maior acerto na finalização. O festejo coletivo com Ferreyra simbolizou a “coesão” e deixa a garantia: “Vai fazer mais golos”
Preparado e estudado. Duas épocas sem ganhar no Bessa e estava identificado o ponto onde os encarnados tinham de superar o Boavista. Rui Vitória elegeu o esforço e a reação à perda como segredos para a vitória fora por 2-0: “Tirámos ao Boavista o ponto no qual são fortes: o jogo dividido. Tivemos uma disponibilidade para o jogo que me agrada muito e nem parece que jogámos para a Liga dos Campeões na terça-feira. Tivemos acutilância ofensiva, mas também fomos intensos na disputa dos lances.”
Perentório quanto à justiça da vitória, o treinador das águias não concorda que se atribua demasiado relevo aos erros individuais dos axadrezados para a obtenção do marcador e até diz que Simão tinha dados importantes sobre o Benfica. “Resultado peca por escasso. Foi uma exibição quase perfeita, de grande qualidade. Impusemos o nosso jogo no meio-campo no Boavista, com mobilidade e sem nos darmos às referências. Não há golos sem erros, as felicidades não caem do céu, mas fizemos jogadas tão bonitas ... Sem querer serdes elegante, poderíamos ter ganho sei sou sete a zero. Lembro-me de várias situações, do Pizzi, do Salvio, do Jardel. O treinador adversário sabia de coisas nossas e tentou controlar-nos, mas teve sempre dificuldades”, atirou Rui Vitória, pronto a comentar as diferenças que existiram entre as duas partes: “Dominámos na primeira e aumentámos o caudal no segundo tempo. Depois do intervalo, o discurso assentou na convicção para as saídas para o ataque. Merecíamos ser premiados com mais golos.”
Ferreyra estreou-se a marcar em jogos oficiais pelo Benfica e os colegas foram lestos a abraçarem o argentino na comedida comemoração do primeiro tento do camisola 19. Para o timoneiro das águias isso simbolizou a união, deixando elogios ao avançado que substituiu o lesionado Castillo. “O grupo está coeso. Mais do que quem marca interessa que a equipa ganhe. Porém, o Ferreyra já merecia um golo, tem feito grande trabalho de profundidade na frente, de desgaste dos centrais. Tem feito movimentos de grande qualidade, os colegas reconhecem isso e ele vai fazer mais golos”, reiterou na conferência de Imprensa pósjogo, passando a antecipar o embate com o PAOK na Luz, na próxima terça-feira: “Até aqui estávamos focados no Boavista. Amanhã[ hoje ], pensamos no PAOK. Será um jogo importante, dificílimo para nós e os jogadores terão de recuperar rapidíssimo.”
“Não há golos sem erros, as felicidades não caem do céu, mas fizemos jogadas tão bonitas...”