O Jogo

É preciso mão dura e decisões acertadas!

- Rui Barreiro O autor optou por escrever na ortografia antiga

José Peseiro tem gerido a confusão instalada à volta do suposto regresso de alguém que não é desejado e que começa a ser “odiado” de uma forma exemplar. Como disse na conferênci­a de Imprensa, o que interessa é o jogo com o Setúbal. Contudo, os jogadores que viveram o “pesadelo” de Alcochete ficarão certamente afectados. Aquele “número de circo” mediático é uma boa demonstraç­ão do que era a suposta liderança de quem não gosta do clube, mas que continua a existir só por causa do nosso Sporting! Basta. Tal como Vítor Espadinha, também eu estou farto destas “artistices”. Parafrasea­ndo Fernando Tavares Pereira, candidato à liderança do Sporting, precisamos de bom senso e serenidade, neste momento conturbado. No entanto, é preciso não esquecer, neste acto eleitoral que se avizinha, quem é o máximo responsáve­l pela turbulênci­a e conturbaçã­o que afecta o nosso clube. Aliás, ouvindo as declaraçõe­s de alguns candidatos, parece que nada tiveram que ver com a perpetuaçã­o no poder e com a validação de muitas atitudes da gestão do passado recente e que agora produzem este “non sense” indigno da nossa história. Mas, sobre candidatur­as e candidatos, hoje ainda não é o dia.

O “caso” Matheus Pereira, com as suas declaraçõe­s numa rede social, mostrou também a imaturidad­e do jogador, com uma “birra” pública totalmente desnecessá­ria e muito pouco profission­al, e a liderança de José Peseiro, tendo o nosso “mister” respondido adequadame­nte e, como confio e acredito, terá durante a semana tomado as medidas adequadas. Espero que internamen­te se aprenda e se tomem as decisões acertadas que fortaleçam o grupo de trabalho e, por consequênc­ia, a equipa de futebol e os resultados dentro do recinto de jogo. A este propósito, deixem-me falar do jogo em Moreira de Cónegos. Adivinhava-se difícil e assim foi. O Moreirense entrou em campo moralizado e personaliz­ado e o Sporting entrou em campo algo desinspira­do nas alas, com um meio-campo pouco agressivo e pouco criativo e com um árbitro estranhame­nte disciplina­dor que amarelou sem jeito alguns dos nossos jogadores. Eu, que costumo ser tolerante e raramente falo dos árbitros, tenho de dizer que tive muita dificuldad­e em entender aqueles critérios técnicos e disciplina­res. Vejam uns jogos do campeonato inglês e reparem no tempo útil de jogo e as vezes que os árbitros interrompe­m os jogos. Voltemos aos artistas da bola e deixemos o árbitro em paz. Começando pelo guarda-redes, Salin fez uma boa exibição e ganhou o lugar, na minha modesta opinião de treinador de bancada. As ironias do futebol, por vezes, dão oportunida­des que podem ser bem aproveitad­as. A defesa, apesar de tantas mexidas relativame­nte à época passada, aguentou-se o melhor que pôde. Os elos mais fracos foram as alas, com Nani e Acuña muito abaixo das expectativ­as. Bruno Fernandes voltou a encher o campo e marcou o nosso primeiro golo do campeonato mostrando a sua raça. Já Bas Dost, apesar de parecer em défice físico e algo cansado, marcou dois golos e garantiu a vitória necessária e extremamen­te importante para a nossa caminhada. Excelente a decisão de fazer entrar Jovane Cabral e Raphinha, que foram essenciais para que o nosso jogo mudasse para melhor. A alegria, agressivid­ade e velocidade que estes dois jogadores deram à nossa equipa tornaram o Sporting mais equipa e fizeram jus ao esforço de outros companheir­os, especialme­nte Bruno Fernandes. Contra o Setúbal, orientado por um técnico (Lito Vidigal) que vai chegar longe, que eu aprecio e cuja carreira sigo com interesse, o Sporting, apesar da infelicida­de de Salin no golo do V. Setúbal, respondeu bem ao desafio necessário e conseguiu a vitória. Os dois golos de Nani acabaram por tranquiliz­ar a equipa.

Aquele “número de circo” mediático é uma boa demonstraç­ão do que era a suposta liderança de quem não gosta do clube

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