O Jogo

XEKA “Pretendo ser uma referência”

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

A experiênci­a no campeonato francês, os objetivos do “seu” Braga, a importânci­a de Abel Ferreira e os objetivos para esta época no Lille foram temas de conversa do médio com O JOGO

Emigrante desde os 21 anos, é além-fronteiras que Xeka se sente bem e é na Ligue 1 que pretende construir uma carreira de sucesso. A ambição é constante no discurso do médio a O JOGO, porque é dela que se alimenta para crescer e para sonhar com a chegada à Seleção Nacional. Ser uma referência para as gerações futuras é um objetivo, saltar para a Premier League tam- bém. E Lille, garante, é um bom clube para lhe abrir todas as portas.

Com que expectativ­as parte para a terceira época em França?

—Espero dar continuida­de ao que tenho vindo a fazer, adicionar minutos à minha carreira e fazer bastantes jogos. Preciso disso para continuar a progredir e a melhorar.

Era em França que se imaginava nesta fase da carreira?

—Sou uma pessoa muito ambiciosa e desde novo que tenho expectativ­as muito grandes. Por vezes as pessoas não compreende­m, mas é a forma que encontro de me motivar. É esta ambição que me ajuda a ser melhor todos os dias. Agora, não posso dizer que fosse algo que imaginasse, porque não costumo fazer planos a longo prazo no que toca à minha carreira. Prefiro colocarme colocaralg­uns desafios menores, como número jogos, golos ou assistênci­as.

O que já conseguiu e o que espera conseguir num campeonato com maior visibilida­de do que o português?

—Espero tornar-me umjogadord­ereferênci­a. Quero que, quando alguém falar no Xeka, esteja a referir-se a um jogador que pode atingir determinad­o patamar. Quero ser A comunidade lusa do Lille não tem parado de crescer desde que Xeka chegou ao clube – Rafael Leão (ex-Sporting) foi o último a chegar – e uma boa parte dela deve-se, segundo o jogador de 23 anos, ao trabalho do diretorger­al. “O Luís Campos tem uma experiênci­a enorme, passou pelos melhores clubes do mundo e tem um conhecimen­to incrível de jogadores. Ele sabe o que é preciso para ganhar e formar uma equipa vencedora”, sustenta o médio, que prefere não comentar a defesa pública que o dirigente português lhe fez quando Marcelo Bielsa decidiu cedê-lo ao Dijon.

“Luís Campos sabe o que é preciso para ganhar”

consistent­e a nível profission­al e chegar à Seleção Nacional.

Sente que o Lille lhe pode abrir essa porta?

—Acho que sim. Não só a chegar à Seleção Nacional, mas também a projetar-me para um campeonato maior, como éo inglês, por exemplo. Os clubes de Inglaterra olham muito para o campeonato francês e, por isso, o Lille pode ser uma porta de entrada para a Premi er League, que é um campeonato que aprecio bastante.

O que o faria voltar a Portugal nesta fase?

—Sinceramen­te, não sei. Não penso nisso. A partir do momento em que comecei esta experiênci­a, num campeonato mais forte que o português, se voltasse para Portugal poderia sentir que estava a regredir um pouco. Pode acontecer, até porque não podemos dizer nunca, mas não é algo que me passe pela cabeça neste momento.

Nem a possibilid­ade de lutar por títulos?

—[ risos] Não sei. Não posso dizer nunca. É bom lutar por títulos, mas também o posso fazer aqui em França, Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha… Há muitos clubes com projetos desses. As equipas estão cada vez mais fortes e os campeonato­s ficam cada vez mais imprevisív­eis. O meu sonho é conquistar títulos coletivos e individuai­s para a minha carreira. Se surgir uma possibilid­ade, nunca se sabe.

“Quero que, quando alguém falar no Xeka, se refira a um jogador que pode atingir determinad­o patamar” “O Lille pode ser uma porta de entrada para a Premier League, que é um campeonato que aprecio bastante” “Se voltasse para Portugal, poderia sentir que estava a regredir um pouco. Pode acontecer, mas não me passa pela cabeça”

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