O Jogo

“DERROTA 8-0 E PERDER A TAÇA DA LIGA FOI DURO”

Xeka não esquece a tristeza sentida com o Moreirense, a estreia no Parque dos Príncipes e a humilhação sofrida às custas do PSG

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“Thiago Motta foi o jogador que mais me impression­ou como adversário. Parece que joga de smoking” “O Braga era favorito na Taça da Liga e tínhamos a obrigatori­edade de vencer esse jogo”

Defrontar Cavani, Di María, Thiago Silva e Thiago Motta uma semana depois de deixar o Braga fez crescer água na boca ao português, que terminou esse jogo a pedir a camisola ao médio italo-brasileiro

Esperançad­o de ter afastado de vez o espectro das lesões, Xeka recorda com saudade os primeiros tempos no Lille e expressa o desejo de se afirmar nos dogues. Uma derrota com o Paris Saint-Germain e outra com o Moreirense são espinhas atravessad­as na garganta.

Será desta que se afirma no Lille?

— Espero que sim. Há sempre as questões das lesões, e a verdade é que não tenho tido muita sorte nesse aspeto. A primeira parte da última época estava a correr-me muito bem e, quando chegámos a fevereiro, comecei a sofrer lesões e fiquei afastado o resto da época. Agora, espero não só poder afirma-me, mas fazer uma época inteira.

Quem foram as suas muletas quando chegou ao clube?

— Todos os portuguese­s foram muito importante­s. O Éder e o Rony Lopes colocaram-me logoà-vont ade e o Luís Campos conversou bastante comigo. Na altura, estava emprestado­e sabia que tinha de me mostrar para poder ficar.

Lembra-se das emoções do primeiro jogo?

— Foi com o Lorient, poucos dias depois de perder a Taça da Liga, frente ao Moreirense. O mais incrível é que, passado uma semana dessa desilusão, estava a jogar no Parque dos Príncipes contra Cavani, Di María, Thiago Motta, Thiago Silva… Foi um salto grande. Mas depois de experiment­ar estas coisas, é normal que se faça tudo para não voltar.

Não entrou a pensar a quem pediria a camisola no final?

— Mais ou menos, porque, até hoje, ele foi o único jogador a quem pedi uma camisola.

A quem foi?

— Ao Thiago Motta. Acho que foi o jogador que mais me impression­ou como adversário. Tem uma classe incrível e parece que joga de smoking. Está sempre no sítio certo e fiquei a admirá-lo bastante, até porque valorizo bastante o posicionam­ento.

O que mais lhe custou: perder a Taça da Liga ou ser derrotado por 8-0 pelo Paris Saint-Germain?

— Os dois. A derrota no Parque dos Príncipes pelo Dijon foi muito dura. Cometemos três erros nos primeiros 15 minutos, eles fizeram três golos e a partir daí foi um efeito bola de neve. Notava-se que eles nos queriam humilhar, porque na primeira volta tínhamos perdido por 2-1 e eles tinham marcado o segundo golo perto do fim, em fora de jogo. A Taça da Liga foi complicado, porque éramos favoritos e tínhamos a obrigação de ganhar esse jogo. Tínhamos qualidade para isso, mas não a conseguimo­s demonstrar no campo.

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