O Jogo

“Gestão não pode afetar”

O treinador diz saber “a importânci­a” de chegar à Champions, a nível financeiro, mas frisa que apenas pode ter “energia” para se dedicar a um adversário “de qualidade”

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Os sucessos do PAOK frente a Basileia e Spartak Moscovo são vistos pelo técnico como um aviso, até porque por isso o adversário “acredita que também pode bater o pé ao Benfica” neste play-off

Na análise aos gregos, Rui Vitória destacou a experiênci­a do quarteto defensivo, a qualidade de Pelkas e o perigo do avançado Prijovic.

Sente a responsabi­lidade de seguir em frente?

—Olhamos para este jogo com a convicção, exigência e importânci­a que todos os jogos nos impõem. Vamos fazer o quinto jogo oficial, temos noção de que o queríamos jogar e temos essa exigência. Jogar no Benficaéu ma exigência permanente,éd ar resposta a tudo o que nos aparece pela frente. Amanhã [hoje], teremos um adversário dificílimo, que já ultrapasso­u duas equipas de qualidade e que apenas está a competir de momento na Champions. Após terem eliminado o Basileia e o Spartak Moscovo também acreditam que podem bater o pé ao Benfica e temos de perceber isso preparando-nos para o que nos vão criar. E, mais importante, temos de impor o nosso jogo e aproveitar o facto de jogarmos em nossa casa.

Chegar à fase de grupos é o segundo grande objetivo da época, olhando à questão financeira?

—Este é o próximo obstáculo... Sabíamos que teríamos quase oito jogos seguidinho­s e com variados contextos. Antecipar cenários antes dos jogos não é o caminho correto, mas este é o próximo objetivo para podermos entrar na fase dos grupos. Depois, daqui a três dias, o objetivo será ganhar ao Sporting. Enquanto treinador, tenho perfeita noção do que são atos de gestão e o quanto são importante­s. Mas o que o meu cérebro diz mais alto é que isso não pode afetar o meu raciocínio, tenho de estar virado para como jogam os adversário­s, como defendem e atacam; e é isso que me leva a energia toda.

Antes da eliminatór­ia com o Fenerbahçe disse-se que, passando os turcos, estava meio caminho andado para a Champions. O PAOK é mais ou menos forte?

—Não foi ninguém do nosso seio que disse isso [estar meio caminho andado]. Temos a noção clara de que, em alta competição, quem eliminou o Basileia com uma vitória fora por 3-0 e empatou 0-0 na casa do Spartak é um bom adversário. Não vão ouvir da minha boca ou da minha gente esse pensamento, nem queremos que e lese aborde. OPA OKtemu ma linha de quatro defesas de 30 anos, um médio que jogou em Espanha e outro no Zenit, um avançado de 1,81 metros, Prijovic, que faz golos com facilidade, temum Pelkas de enorme mobilidade e qualidade... A dúvida está só na ala esquerda pois El Kaddouri não veio. Por tudo isto, esta é uma equipa experiente e madura. Ouvi o meu colega treinador dizer após o último jogo que ia para casa ter com a família e preparar este jogo; eu fiz a mala para preparar este jogo sem o pensamento na família. Este adversário está em condições de disputar a eliminatór­ia mas estamos num bom momento, a evoluir significat­ivamente e acreditamo­s em nós.

“Estamos num bom momento, a evoluir significat­ivamente e acreditamo­s em nós”

“[Ganhar este jogo] é o próximo objetivo. Depois, daqui a três dias, será vencer o Sporting”

Rui Vitória Treinador do Benfica

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