Crono dá avanço sobre a Colômbia
Portugal foi 17.º no exercício coletivo da Volta a França do Futuro. Almeida tirou tempo a Sosa
Num contrarrelógio coletivo quase inteiramente plano (20,2 km) conta a força e a pujança dos ciclistas: foi por isso natural que Portugal terminasse em 17.º a quarta etapa da Volta a França do Futuro. 17 em 26 não é sequer um resultado desapontante, mesmo apesar de perder 1m03s para a vencedora Dinamarca. A Bélgica ficou a 13 segundos e a Noruega foi terceira, a 16segundos,celebrandoaliderança de Hakon Aalrust. O nórdico, que esteve na última Volta a Portugal, ultrapassou o francês Alan Riou, em segundo, a 11 segundos.
O sexteto luso tem razões para estar satisfeito: ficou a três segundos da Grã-Bretanha, que costuma brilhar na especialidade como o faz na pista, e retirou tempo precioso a Espanha e Colômbia. Foram 33 os segundos ganhos aos nuestros hermanos e 36 conquistados aos cafeteros, que têm nos quadros uma panóplia de soluções para a montanha, no qual sobressai Iván Ramiro Sosa, comparado ao prodígio da Sky Egan Bernal.
Ganhar tempo à Colômbia é sempre uma boa notícia, bastando analisar que, nesta década, o país sul-americano ganhou quatro edições do Tour de l’Avenir. O selecionador José Poeira elogiou: “Fizemos uma boa prova. Sabíamos que não poderíamos pensar em vencer. A ideia era limitar as perdas. Foi mais positivo ainda porque ficámos perto de outras seleções que têm sérios candidatos à camisola amarela final. As diferenças são perfeitamente ultrapassáveis numa etapa de montanha.”
Tiago Antunes e João Almeida, principais armas nacionais para a geral, estão a 3m02s da amarela. Rui Oliveira ocupa o terceiro lugar na camisola dos pontos e tem hoje mais um sprint para tentar ganhar.