SOTAQUE LUSO ENCHE A VUELTA
Katusha leva José Gonçalves e Tiago Machado a Espanha. São quatro os corredores do batalhão nacional
Mantém-se a tradição, Espanha é mesmo a Grande Volta preferencial para portugueses e 2018 será a quarta edição consecutiva com quatro ou mais corredores das Quinas. Gonçalves pode sonhar
Serão quatro os portugueses a alinhar no prólogo de Málaga, no sábado, para o arranque da 73.ª edição da Volta a Espanha. A Katusha-Alpecin divulgou ontem a lista dos oito ciclistas, na qual José Gonçalves e Tiago Machado engrossam agora o elenco luso para a prova. A estes juntamse Nélson Oliveira (Movistar) e José Mendes (Burgos BH). Das equipas que ainda não anunciaram o lote definitivo, só Rui Costa (UAE Emirates) e José Neves (Education-First) poderiam aumentar o contingente, mas o ex-campeão mundial aponta às clássicas de fim de época e ainda recupera de lesão, enquanto Neves é estagiário e carta fora do baralho. Novamente, a Vuelta volta a contar com vários portugeses, numa tendência de crescimento da última década. Em 2010, André Cardoso foi o único exemplar; em 2011 estiveram três ciclistas lusos, aumentando para cinco em 2012. Em 2013 e 2014 foram dois por edição. Desde aí, seis em 2015, cinco em 2016 e 2017, reforçando o estatuto de Grande Volta com mais portugueses. Se analisarmos comparativamenteTourseVueltas desta década, só em 2010 e 2014 estiveram mais portugueses em França do que em Espanha. Os quatro que agora competirão na última Grande Volta da época até poderiam ser seis: Rúben Guerreiro esteve escalonado pela Trek-Segafredo desde o princípio de época, enquanto Ricardo Vilela acabou prejudicado pela Manzana Postobón não ter conseguido convite da organização. Machado soma a quinta Vuelta, mas é do explosivo José Gonçalves, 14.º no último Giro, de quem se esperam vitórias de etapas. Para a geral, os russos apostam em Ilnur Zakarin, terceiro em 2017.