O Jogo

ANDRÉ E GELSON PARTIRAM A LOIÇA

Avançado do Sevilha luta com Messi para MVP da ronda inicial da liga. Dribles do ex-leão encantaram

- CARLOS ALBERTO FERNANDES

Sem CR7, a edição 2018/19 de LaLiga arrancou com novos protagonis­tas lusos. André Silva fez o primeiro hat trick da época e deu ao Sevilha liderança inédita em 11 anos. Gelson fintou mais, em 18’, que o Valência

As entradas fulgurante­s de André Silva e Gelson Martins figuram entre as notas de maior destaque no arranque da temporada 2017/18 da liga espanhola. A passagem de testemunho de Cristiano Ronaldo para o antigo avançado do FC Porto foi perfeita, com um hat trick em Vallecas ao estilo do Bola de Ouro. Estava desbloquea­da num ápice a veia finalizado­ra sufocada em Milão. O primeiro líder do “Pichichi” já foi, inclusive, nomeado por LaLiga para MVP (jogador mais valioso) da primeira ronda – em competição com Lionel Messi, Luis Morales e Álex Gallar – e os seus golos renderam ao Sevilha a condição de líder, desconheci­da desde 2007.

Três golos na estreia é um pecúlio que supera as melhores expectativ­as e fenómeno raro na principal prova de Espanha. É preciso recuar um quarto de século para encontrar idêntico feito, e logo com a prestigiad­a assinatura do mítico Romário. Para André Silva foi também a rutura com o passado na Serie A, onde apontou apenas dois golos pelo AC Milan em toda a época 2017/18. Com seis tiros à baliza do Rayo Vallecano, o ex-FC Porto foi o segundo mais rematador da jornada, só superadopo­rMessi(comoito),mas bateu o astro argentino no capítulo da eficácia. A confiança inequívoca de Machín nas qualidades do internacio­nal português e a boa coordenaçã­o com Franco Vázquez no ataque andaluz ajudaram a precipitar a chuva de golos.

Mas também Gelson Martins deixou já as impressões digitais nesta liga, mesmo não tendoconse­guidolevar­oAtlético de Madrid à vitória no Mestalla. “Explosivo e desequilib­rador”, é a definição do jornal “Marca”, enquanto o “As” salienta o “perigo à solta” e o “Mundo Deportivo” caracteriz­a o ex-leão como “um jogador diferente, na linha do extremo clássico”. Para ter este impacto, Gelson precisou de apenas 18 minutos em campo. Fez três dribles bemsucedid­os, metade dos que fez Messi em 90’ frente ao Alavés, e mais do que toda a equipa do Valência (dois) neste duelo da ronda inaugural.

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