O Jogo

A PENSAR EM FINAIS, PÓ DIOS E NO FUTURO

Seleção Nacional que está no Mundial, em Montemor-o-Velho, é uma mescla entre a geração de ouro e novos valores. Mas continua a querer pódios

- CATARINA DOMINGOS

Fernando Pimenta é o maior candidato a medalhas numa comitiva em que 26 canoístas têm 24 anos ou menos. Embora o Mundial em casa aumente a responsabi­lidade, a renovação está em marcha

“Depois da medalha olímpica de Londres’2012, estamos aqui a atravessar a segunda página mais bonita da canoagem nacional.” Foi com esta constataçã­o que o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, apresentou ontem o campeonato do mundo de velocidade, que hoje arranca, em Montemor-o-Velho, com as provas de paracanoag­em. Até domingo, competirão no Centro de Alto Rendimento cerca de 1700 atletas, de 66 países, sendo a comitiva nacional composta por 39 canoístas, cinco deles da paracanoag­em. O atleta de maior destaque é Fernando Pimenta, que procura o título mais prestigiad­o, o de K1 1000 metros.

A meta portuguesa é juntar o sucesso organizati­vo a bons resultados desportivo­s. “Era a cereja no topo do bolo”, afirmou o líder federativo, na antecipaçã­o de um Mundial em que já se prepara o futuro, ao reunir-se a geração de ouro e um grupo de promessas – dos 39 eleitos, 26 têm 24 anos ou menos e a média de idades é de 22,6 anos. “Temos aqui canoístas que ainda podem dar muito ao desporto nacional. De qualquer forma, temos feito investimen­tos sérios em termos de formação e de participaç­ão internacio­nal das camadas jovens. Não é fácil substituir atletas em nenhuma modalidade ou país do mundo”, sublinhou a O JOGO o diretor técnico nacional, Ricardo Machado. A renovação nas equipas nacionais é visível sobretudo nas equipas de K4, com a entrada de David Varela e Messias Batista no barco masculino e a presença de Francisca Laia e Francisca Carvalho no quarteto feminino.

Por incompatib­ilidade de horários, a federação decidiu abdicar da dupla Emanuel Silva/João Ribeiro em K2 1000 metros; pelo mesmo motivo, Teresa Portela não estará nas provas individuai­s, mas sim a fazer K2 500 com Joana Vasconcelo­s e a integrar o K4 feminino.

Com um orçamento de 1,3 milhões de euros, e obrigando a uma grande intervençã­o na pista do Centro de Alto Rendimento, para minimizar o forte vento lateral e retirar as algas, o campeonato do mundo de velocidade foi considerad­o por Félix como “o fim de um ciclo de grandes eventos internacio­nais ”, embora a organizaçã­o degran desprovas seja para continuar: em 2021, o Mundial de juniores e sub-23 regressará a Montemor, onde já se tinha realizado em 2015.

“A canoagem portuguesa tem, ano após ano, merecido a confiança das entidades internacio­nais e já é uma imagem de marca”

“Ter um bom resultado desportivo seria a cereja no topo do bolo”

Vítor Félix Presidente da Federação Portuguesa de Canoagem

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