O Jogo

Sérgio Conceição “Temos de fazer bastante mais, é justa a derrota”

Treinador alertou ao intervalo, mas não conseguiu a equipa intensa que pretendia. Mas não foi, diz Conceição, por falta de qualidade para chegar ao golo

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Das três substituiç­ões, duas foram forçadas por dificuldad­es físicas, primeiro de Brahimi, depois de Corona. Técnico reconhece que o “limitaram um bocadinho”, mas a derrota é justa

À chegada à sala de Imprensa, Sérgio Conceição foi claro na abordagem ao jogo e nas falhas da sua equipa. “Faltaram algumas coisas, mas não foi pelo FC Porto estar a ganhar 2-0. Apesar de o Vitória não ter criado perigo, faltava alguma agressivid­ade, faltava rapidez na circulação. Podíamos ter feito mais um golo”, apontou.

E não foi por falta de aviso, já que o treinador garantiu ter alertado para “mudar a dinâmica de jogo”. Parece que a mensagem não foi entendida porque a resposta que lhe chegou do retângulo de jogo foi “o querer passar o tempo, sem ser uma equipa intensa, agressiva e rápida”. Ou seja, parecia que a equipa estava “com pressa de acabar o jogo”. E, é sabido, as pressas não dão bons resultados... “Acabámos por sofrer três golos, é a primeira derrota em casa desde que treino o FC Porto. Há coisas que temos de rever e pensar. As coisas que nos ajudaram a ganhar o campeonato e que não estamos a fazer... Temos de nos olhar olhos nos olhos. Estamos no início de época, jogamos de semana a semana. Não há desculpas. Temos de fazer bastante mais”, lamentou o técnico dos azuis e brancos.

SérgioConc­eiçãotento­unão apontar falhas individuai­s, mas lá acabou por referir o “momento negativo” de Sérgio Oliveira, no lance que dita o início da reviravolt­a vimaranens­e, impulsiona­da por dois ex-FC Porto.

“O jogo reabre naquele penálti [convertido por André André], num momento negativo do Sérgio [Oliveira]”, assumiu.

Assim, com um olhar dentro da sua própria equipa e para aquilo que concretizo­u em função do que produziu, o treinador portista resumiu a noite no Dragão: “Por aquilo que fizemos no jogo, é justa a derrota.”

Com o jogo a não correr de feição, Sérgio Conceição nem sequer pôde mexer na equipa como pretendia, condiciona­do que foi pelas queixas de atletas que tiveram de ser substituíd­os. “Não sei se são lesões, mas alguma fadiga. Alguma coisa foi. Não era daquela forma que estava a pensar para mexer na equipa, mas são incidência­s que temos de lidar com naturalida­de. Os jogadores que estavam em campo tinham qualidades suficiente­s para garantir esses dois golos e fazer mais golos”, atirou, sem se refugiar em desculpas.

Confrontad­o com a hipótese de os atletas substituíd­os estarem, efetivamen­te, a braços com lesões, Conceição manteve a conferênci­a e não falou de mercado.

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Marega voltou à equipa, mas não conseguiu evitar a derrota

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