O Jogo

“Quero mais dez anos a alto nível”

Fernando Pimenta não se satisfaz com os dois títulos mundiais

- MANUEL PEREZ

Foi curta, mas proveitosa, a passagem na última época de Fábio Magalhães pelos franceses do Chartres. Foi o melhor marcador da equipa na segunda divisão e agora, no FC Porto, tem a experiênci­a a seu favor

Fábio Magalhães é uma das novidades do plantel do FC Porto, que amanhã inicia o campeonato, em jogo antecipado da primeira jornada – por via do compromiss­o europeu – e logo frente ao Madeira SAD, equipa que o lateral-esquerdo represento­u, com grande sucesso, em 2016/17. Como foi a adaptação a mais um novo clube? —Foi muito fácil! O grupo é muito bom, tem atletas que já conhecia e alguns grandes amigos. Toda a gente ajudou muito nesta integração. A experiênci­a, no ano passado, no Chartres, na Proligue gaulesa, tornou o Fábio ainda melhor jogador? —Essencialm­ente em termos de visão de jogo. Acho que poderei ajudar com o que aprendi lá fora. Era um campeonato muito competitiv­o e regresso mais maduro. Fui o melhor marcador de uma equipa que me ajudou muito a ver alguns pormenores do andebol a que não tinha dado grande atenção e são muito importante­s. Qual a impressão, após a pré-época, do treinador Magnus Andersson? —A melhor! Para além do nível de exigência, tem uma visão de jogo muito interessan­te, muito simples... coisas simples que dão resultado e podem ser eficazes. Não vale a pena andar a complicar o que pode ser simples e ele tem sido muito sucinto e positivo. O objetivo do FC Porto é recuperar a hegemonia traduzida na conquista do hepta (2008/09 a 2014/15)? —Sem dúvida! Foi isso que influencio­u a minha vinda para um projeto ainda mais aliciante. Há três anos que não é campeão e um clube como o FC Porto tem de fazer tudo para voltar a conquistar o título. O interesse do clube em contratar-me, provocou uma vontade imensa de o representa­r. Assinou por três épocas. No final desse ciclo, qual seria, para si, o balanço ideal? —Isso é muito fácil. Se chegasse ao fim do contrato e tivéssemos ganho tudo, campeonato e taças, seria fantástico! Ser campeão é algo que quero muito. Já fui pelo ABC, só que não jogava muitos minutos; ser campeão num clube onde possa ter um papel mais determinan­te e a jogar para alcançar o título era aquilo que, sinceramen­te, gostava muito. Em 2009, a sua saída do ABC para o Sporting foi algo controvers­a. Ainda existe alguma ponta solta? —Acho que não! Tenho uma boa relação com as pessoas do ABC. Tenho um grande carinho pelo clube que represente­i muitos anos [2000 a 2009] e que me fez crescer, para me tornar o atleta e a pessoa que sou hoje. Se fosse agora, se calhar pensaria em fazer as coisas de uma forma diferente. Depois de sete anos no Sporting, seguiu-se o Madeira SAD (2016/17)...

—O último ano no Sporting foi esquisito e não me correu tão bem como os anteriores. E foi o melhor marcador do campeonato 2016/17... —A temporada no Madeira SAD foi, sem dúvida, muito positiva. Vinha do Sporting, onde estava um bocado acomodado, por culpa minha, e o Madeira foi um desafio muito bom. Sempre ouvi falar muito bem do Paulo Fidalgo e ele ajudou-me muito, fez-me crescer e assumir-me como o jogador que sou hoje.

“Se no fim do contrato tivesse ganho tudo, seria fantástico”

Fábio Magalhães

Lateral-esquerdo

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 ??  ?? Fábio Magalhães é reforço do FC Porto para a meia distância
Fábio Magalhães é reforço do FC Porto para a meia distância

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