“A Taça Davis não pode tornar-se a Taça Piqué”
Federer desconfia do papel do futebolista do Barcelona na criação das Davis Cup Finals e criticou a data, por interferir na Laver Cup, que tem o suíço como impulsionador
Braço de ferro entre Roger Federer e Gerard Piqué está na ordem do dia. O suíço quer mais informação da parte do espanhol que, recorde-se, foi o rosto da revolução provocada na prova mundial por países
Em busca do 21.º título do Grand Slam e sexto no US Open, Roger Federer voltou a ser confrontado com a reformulação doGrupo Mundial da Taça Davis e disse não ter gostado da investida da Kosmos – empresa presidida por Gerard Piqué – e da calendarização da final concentrada, reunindo 18 seleções, a partir de setembro do próximo ano.
Foi a data da nova Taça Davis que levou o suíço a atirar-se ao projeto de Piqué, aprovadoem Assembleia Geral da ITF. “Ainda não falei com Gerard Piqué, mas considero algo bizarroum futebolista entrar nos negócios do ténis. Precisamos estar atentos.ATaça Davisnãopode tornar-se aTaça Piqué.Em termos gerais, sou recetivo às inovações, mas no nosso desporto as coisas têm de ser bem pensadas, caso contrário parece estarmos a jogar Jenga [jogo de habilidade] e é preciso ter cuidado, para não retirar a peça que pode fazer cair todo um edifício”.
Esta reação de Federer foi de imediato associada ao facto de a Laver Cup (exibição EuropaResto do Mundo), também se
Roger Federer bateu o japonês Nishioka em três sets (6-2, 6-2, 6-4) e disparou contra Piqué “É bizarro ver um futebolista entrar nos negócios do ténis” Roger Federer disputar em setembro – este ano entre os dias 21 e 23, em Chicago – e ter como organizadora a empresa do jogador helvético e do seu empresário, o americano Tony Godsick.
Relativamente à questão das datas, o futebolista do FC Barcelona lembrou ter “conversado com a maioria dos jogadores do topo”, apontando-lhes o mês de novembro como ideal para se jogarem as Davis Cup Finals, mas “quase todas as respostas deram preferência ao mês de setembro”.