O Jogo

EXPERIÊNCI­A HOJE, BENEDITO AMANHÃ

Cordial com o gestor, Ricciardi não deixou de lhe apontar falta de maturidade para dirigir um clube em crise e com necessidad­es urgentes

- BRUNO FERNANDES

Problemas de tesouraria são o foco do banqueiro, que, apesar de achar que é “a” solução no imediato, abre a porta a um Sporting com o ex-atleta na liderança. Gestor discorda e crê ter um modelo inovador

O debate entre José Maria Ricciardi (Lista B) e João Benedito (Lista A) foi mais cordial do que “quente” e serviu, sobretudo, para que o banqueiro reforçasse a necessidad­e de ter um presidente experiente, capaz de fazer frente a um agrave crise, principalm­ente no que às questões de tesouraria diz respeito. Após o gestor ter acusado o concorrent­e de estar a “dramatizar” sobre o tema, Ricciardi puxou das finanças – e do desafio que a SAD, diz, tem pela frente – para evocar o seu passado, ideal para resolver a situação.

“Tenho soluções, mas quero que os sócios percebam que as soluções são difíceis de arranjar eé preciso ter experiênci­a, tarimba e passado por empresas de enorme envergadur­a. O João está a subestima resta situação. Temi mensovolun taris mo, éu mó timo rapaz e acho que vai dar um ótimo presi- dente – mas não agora. Este mandato vai ser meu, mas você vai lá chegar”, atirou, dirigindo-se a Benedito, concretiza­ndo: “Um presidente da República, antes de o ser, tem de ganhar, por exemplo, uma junta de freguesia, estar numa direção regional de um partido, ser ministro, primeiro-ministro. Na vida não se queimam etapas. Apesar de o João ter boas ideias, tem de passar estas etapas. Ele acha que pode queimar estas etapas, eu acho que não pois caso contrário es- taria a apoiá-lo. Não se pode passar de sargento a general num dia.”

Benedito contrapôs, sublinhand­o que apesar de poder vir a serum presidente “novo” (se for eleito, assumirá a liderança do Sporting aos 39 anos), também temum projeto inovador, assim como gente capaz de fazer frente às necessidad­es da SAD leonina.

“Discordo, não posso ser hipócrita. Tenho uma equipa válida que quer trazer um modelo de gestão novo. Quando J o- sé Maria Ricciardi chegou ao Sporting, Santana Lopes tinha 38 anos e era o presidente... É importante começar já esta mudança de paradigma”, explicou o gestor, acrescenta­ndo: “Queremos que o conhecimen­to saia do Sporting, mas com uma organizaçã­o nova. Construímo­s a nossa campanha e equipa sem padrinhos, sem pessoas a ajudar e até com algumas dificuldad­es na comunicaçã­o social em suporte da nossa imagem. Temos uma equipa vencedora.”

“Tenho soluções, mas quero que os sócios percebam que as soluções são difíceis de arranjar. É preciso ter experiênci­a, tarimba e passado em empresas com envergadur­a”

“O João está a subestimar esta situação. Tem voluntaris­mo, é ótimo rapaz e acho que vai dar um ótimo presidente. Vai lá chegar, mas não agora. Este mandato é meu”

José Maria Ricciardi

Candidato à presidênci­a

“Discordo, pois não posso ser hipócrita. Nós construímo­s a nossa campanha e equipa sem padrinhos, sem pessoas a ajudar e até com algumas dificuldad­es no suporte de imagem”

João Benedito

Candidato à presidênci­a

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Ricciardi garantiu ser preciso “tarimba”, mas Benedito rejeitou falta de experiênci­a
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