O Jogo

CARÁCTER DE CAMPEÃO FAVORECE PALHINHA

Médio confirmou, com o Aves, na estreia a titular, que tem valor para atingir outros patamares. Miguel Leal diz porquê

- MELO ROSA

Quando orientava os juniores do Sporting, Abel Ferreira encontrou Palhinha no Sacavenens­e. O médio fez a primeira época em Alcochete, em 2012/13, sob o comando do seu atual treinador

Depois de ter feito apenas oito jogos na época passada, no Sporting, Palhinha parece ter encontrado a fórmula ideal, no Braga, para relançar a carreira iniciada no Alta Lisboa e no Sacavenens­e, de onde saiu em 2012 para evoluir na Academia de Alcochete. O médio lisboeta foi descoberto na altura por Abel Ferreira que o orientou duas épocas nos juniores do Sporting. O ingresso no Braga, este verão, está diretament­e relacionad­o com o conhecimen­to que o treinador tem das suas caracterís­ticas e da sua capacidade. “O Abel conhece-o muito bem, treinava-o nos juniores do Sporting, e o desejo de contar com ele terá si doem função do conhecimen­to que tem das suas caracterís­ticas e do seu carácter”, defendeu Miguel Leal, que orientou Palhinha na estreia na I Liga, no Moreirense, onde fez 29 jogos em 2015/16. “Quando chegou, emprestado pelo Sporting, revelava algumas dificuldad­es de posicionam­ento, de meia distância e na saída de bola. No passe curto tinha alguma qualidade, mas tinha lacunas fundamenta­lmente de posicionam­ento e de passe longo”, recordou o treinador do Arouca que, acrescento­u, “em termos de intensidad­e de jogo também apresentav­a algumas dificuldad­es”.

O primeiro treinador do médio na I Liga destacou alguns aspetos positivos. “Foi sempre um miúdo com uma grande capacidade de superação e de trabalho. Foi crescendo naturalmen­te e tinha – e tem – carácter de campeão”, considerou, sublinhand­o que já orientou “muitos jogadores de talento, masnem todos têm carácter de campeão”. “É isso que gosto no Palhinha: pode ter dificuldad­es aqui e acolá, mas tem uma grande vontade de aprender e de superar as dificuldad­es”, avaliou. “Isso num jogador é meio caminho andado para ter sucesso. Se continuar hu- milde, a trabalhar e a fazer o que os treinadore­s lhe pedem, asco is asvã ocorrer normalment­e porque tem muito potencial”, adiantou, defendendo que “precisa de jogar”. “Está mais adulto e mais forte e, se jogar regularmen­te, acredito que dentro de dois ou três anos será, claramente, o nosso ‘número 6’ na Seleção”, completou o técnico sobre o médio de 23 anos que no último domingo, na receção ao Aves, no primeiro jogo a titular, coloriu uma exibição positiva com o golo que iniciou a reviravolt­a do Braga no marcador que terminaria em 3-1.A cabeçada triunfal de Palhinha quebrou um jejum de golos na I Liga que durava desde 17 de setembro de 2016, quando, pelo Belenenses, apontou o golo do empate em Guimarães.

“Será o número 6 da Seleção, dentro de dois ou três anos, se jogar com regularida­de”

Miguel Leal

Treinador do Arouca

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Palhinha fez, de cabeça, o 2-1 do Braga na receção ao Aves
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