CONCÓRDIA SÓ APÓS BOAS CONTAS
A AG prevista para o dia 8 de setembro, com o propósito de proibir a SAD e a equipa de utilizar o estádio do Mar, foi suspensa
As contas colocaram a SAD e o clube de costas voltadas. Duarte Anastácio deu um passo para enterrar o machado de guerra, mas Paulo Lopo desconfia e quer ver quais as responsabilidades que lhe tocam
A Direção do Leixões anunciou ontem a suspensão da assembleia geral prevista para 8 de setembro, cuja ordem de trabalho tinha um único ponto: “Proibir a entrada a todos os elementos, funcionários e colaboradores da Leixões SAD no Mar.” Em comunicado publicado na página oficial no Facebook, a Direção liderada por Duarte Anastácio justifica o adiamento pelo facto de o “clube e a SAD estarem em apuramento de contas”. Já Paulo Lopo, líder da SAD, confirmou a vontade de a Direção “debater as contas do protocolo com o clube”, mas negou “que haja uma negociação”, precisando querer “ver que contas a Direção vai apresentar”.
A guerra entre o clube e a SAD teve a sua origem no passado dia 19, quando os sócios exibiram tarjas a criticar o presidente da SAD por este integrar uma das listas do Sporting. A conflitualidade entre as partes foi crescendo de tom, com troca de comunicados, atingindo o seu clímax a 23 do corrente, quando em reação a um comunicado da SAD – que acusa Duarte Anastácio de estar por trás dos incidentes ocorridos no final do jogo com o Varzim – a Direção contra-atacou de forma virulenta. Então, os responsáveis “repudiaram” a acusação, anunciando a instauração de uma “queixa-crime contra os membros da administração da SAD”. À tarde, o clube acrescentou a intenção de proibir todos quantos estão ligados à SAD de frequentarem o Estádio do Mar, situação que agora pretende inverter.