O Jogo

GUERREIRO DÁ O SALTO

CICLISMO Rúben sai da Trek para ser o terceiro português a juntar-se a José Azevedo na Katusha. Aponta às clássicas e a provas de sete dias

- FREDERICO BÁRTOLO

Ciclista esteve quatro anos em equipas norte-americanas, mudando para a suíça por uma época. Tendo de pedalar forte em 2019, para mostrar serviço, pode mostrar mais do que a regularida­de que o destaca

Rúben Guerreiro foi ontem oficializa­do como reforço daKatusha-Alpecinpar­a2019, notícia que não surpreende, pois era conhecida a admiração de José Azevedo, diretorger­al da equipa suíça, pelo jovem que estava de saída de uma Trek-Segafredo em profunda revolução, pois irá ser liderada por Richie Porte na próxima época.

Aos 24 anos, Guerreiro é o segundo melhor português no ranking World Tour. O seu 146.º posto só é superado por Rui Costa, 120.º mundial e aquele a quem mais o têm comparado, pela facilidade e inteligênc­ia com que ataca, emboratenh­amaiscarac­terísticas de trepador que o poveiro. A emigração precoce é outro paralelo entre os dois melhores portuguese­s da atualidade–alémdetere­mterminado ambos a formação nas equipas de Manuel Correia –, pois Guerreiro já cumpriu quatro temporadas em equipas norte-americanas. E, depois da Axeon Hagens Berman, as duas temporadas na Trek-Segafredo mostraram a sua regularida­de, entre o ponto alto que foi a conquista do título de

Rúben Guerreiro vai ser dirigido por José Azevedo e terá mais oportunida­des para brilhar campeão nacional de estrada em 2017. Faltou-lhe apenas a estreia em Grandes Voltas – esteve escalonado para a atual Vuelta –, algo que estará nos planos de Azevedo.

“Comecei a segui-lo há quatro anos, gosto da forma de correr dele, é agressivo, arrisca...”, explicou José Azevedo sobre o reforço, o quinto de uma equipa que continuará a ter como líderes Ilnur Zakarin e Marcel Kittel. “Nunca se esconde nos momentos mais duros, tenta sempre a sua sorte e tem alguns bons resultados, como o nono lugar no Tour Down Under”, completou o manager da Katusha.

Com Tiago Machado em fim de contrato, o jovem deverá ter a companhia de José Gonçalves, provavelme­nte uma aposta ainda mais forte na Volta a Itália do próximo ano. Guerreiro, por sua vez, irá suplantar uma lacuna nas primeiras provas da época, pois Zakarin é corredor de Grandes Voltas e Simon Spilak para as mais duras de uma semana. “Clássicas das Ardenas e provas de uma semana são a minha especialid­ade”, constata Guerreiro, para quem “a Katusha sempre foi uma das equipas favoritas”. “O Purito [Joaquín] Rodríguez era um dos meus ídolos. Há muita ligação com Portugal na equipa e isso facilita. Quero dar um salto em frente na carreira e esta será a escolha certa”, completou. “Ardenas e provas de sete dias são a minha especialid­ade. Katusha foi sempre uma das minhas favoritas” Rúben Guerreiro “Gosto da forma de correr do Rúben. É agressivo, arrisca...” José Azevedo

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