O Jogo

PIZZI DECISIVO COMO NUNCA NA CARREIRA

DESTAQUE Participou em nove dos 17 tentos do clube da Luz. Os 52,9 por cento de influência na equipa batem os 41,2% de 2016/17

- MARCO GONÇALVES

Benefician­do da estratégia de Rui Vitória, o médio, que até teve a porta da saída aberta, está a fazer o melhor arranque em golos (já leva seis), mas continua a brilhar nas assistênci­as, tendo feito três até agora

O Benfica passou vivo pelo início de temporada infernal, tendo garantido a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, liderando também, a par de Braga e Sporting, o campeonato. E sem poder contar com Jonas, rei dos golos do plantel encarnado, tem sido Pizzi a vestir o papel decisivo habitualme­nte entregue ao Pistolas. Com o melhor arranque de época da carreira, o internacio­nal português tem por isso um peso determinan­te nas águias, pois participou em nove dos 17 golos apontados até ao momento. Ou seja, esteve diretament­e ligado a 52,9 porcento dos tentos benfiquist­as. Perto desta produção no plantel de Rui Vitória só mesmo Salvio, que participou em 35,3 por cento dos golos do clube da Luz (marcou três e fez outras tantas assistênci­as).

Em grande forma e fulcral na estratégia encarnada, como em anos anteriores, o camisola 21, que até teve as portas da saída da Luz abertas, uma vez que Luís Filipe Vieira estava recetivo a propostas pelo seu passe, ficou desta feita em branco na Choupana, mas somou mais duas assistênci­as, para os tentos de Grimaldo e Rafa. São já, em apenas oito jogos, seis golos e três assistênci­as. Em termos de passes para golo, o centrocamp­ista já tinha conseguido melhor (quatro nas duas últimas temporadas), mas no que diz respeito a tentos nunca Pizzi tinha marcado tanto num arranque de temporada, apresentan­do até agora os quatro golos de 2012/13, ao serviço do Corunha, como o melhor rendimento em termos de finalizaçã­o nos primeiros oito desafios de cada época.

Se contabiliz­armos os remates certeiros e as assistênci­as então o desempenho deste ano supera, em idêntico período, o registo de 2016/17, época na qual o médio atingiu o seu máximo de golos (13). Isto porque Pizzi somava três tentos e quatro passes para golo, participan­do assim em 41,2 por cento da produção ofensiva encarnada, que tinha os mesmos 17 golos no final dos primeiros oito desafios.

Benefician­do da estratégia

imposta em 2018/19 por Rui Vitória, que privilegia, desde a linha de fundo, os passes e cruzamento­s rasteiros quer para o coração da área quer para a entrada desta, Pizzi, com maior liberdade até pela presença de Gedson no onze, tem sido rei a aproveitar estas instruções. Excetuando o golo de penálti, ante o PAOK, na Luz, o camisola 21 somou os restantes cinco golos em jogadas deste tipo, aproveitan­do as ofertas dos colegas para fazer a diferença e marcar.

Utilizado pela terceira temporada seguida em todos os oito jogos a abrir, Pizzi conta com a sua segunda maior taxa de utilização na Luz, tendo disputado 93,9 por cento (676’ ) dos 720 minutos já realizados. Melhor só mesmo os cem por cento da época transata.

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Plantel: Salvio é quem mais se aproxima do 21, com três golos e três assistênci­as
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