O Jogo

Fernando Santos “Foi com os dois pés, com um podemos cair”

Selecionad­or nacional gostou do que viu e considerou que os erros cometidos na fase final de cada uma das partes são “normais em grande confrontos”

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“O resultado era injusto ao intervalo. Disse aos jogadores que não podíamos baixar o ritmo”

“Portugal foi campeão da Europa. Se voltar a ser – e eu acredito que pode ser –, os portuguese­s ficarão muito contentes”

“Nenhuma equipa fica mais forte sem o melhor do mundo. Não estava, foi uma opção. Estes jogadores aproveitar­am bem”

“Há um mês não íamos ganhar mais nada, éramos uns coitadinho­s; agora já podemos ganhar tudo. Vamos jogo a jogo”

A ausência de Cristiano Ronaldo, “por opção”, foi “muito bem aproveitad­a” pelos jogadores que foram chamados. O cresciment­o dos atletas escolhidos “é bom para o futebol português”

Portugal começou bem a participaç­ão na Liga das Nações. “Entrámos com o pé direito? Não, Portugal entrou com os dois pés, porque só com um pode cair”, afirmou Fernando Santos sobre a vitória contra a Itália, assumindo que o objetivo, num “torneio muito difícil, é ir à final-four”, reagindo assim a uma questão relativa à possibilid­ade de conquistar esta prova: “Há um mês não íamos ganhar mais nada, éramos uns coitadinho­s; agora já podemos ganhar tudo. Vamos jogo a jogo.”

O selecionad­or nacional defendeu, na análise ao jogo da Luz, que “a dificuldad­e foi do nível que esperava”. “Sabia o valor da minha equipa e da italiana. Se puséssemos velocidade no jogo, esta equipa italiana iria ter alguma dificuldad­e. A Itália tentou surpreende­r com dois avançados, mas isso não alterou a nossa forma de jogar. Estivemos bem na primeira parte, com exceção dos últimos dez minutos, em que abrandámos um pouco o ritmo do jogo, o que fez com que a Itália crescesse”, referiu. “Ao intervalo, o resultado era um pouco injusto. Disse aos jogadores que não podíamos baixar o ritmo na segunda parte. Estivemos bem, na fase final voltámos ao registo dos últimos dez minutos da primeira parte, mas isso é normal em grandes confrontos – jogámos com um adversário muito forte. É normal que tenhamos cometido o mesmo erro dos últimos dez minutos da primeira parte. Podia ser perigoso, mas faz parte do jogo e do cresciment­o e, globalment­e, a equipa esteve bem”, considerou, contando o que transmitiu a William e Pizzi no intervalo. “Disse-lhes que estavam a fazer um bom jogo, mas principalm­ente ao William estava a faltar-lhe o que eu acho que ele faz muito bem; quando começar a ganhar ritmo e transporta­r a bola para a área do adversário, o que faz muito bem, vai criar muitos problemas aos adversário­s”, sublinhou.

“Nenhuma equipa fica mais forte sem o melhor do mundo. [Cristiano Ronaldo] não estava, foi uma opção e estes jogadores aproveitar­am muito bem, sabendo da confiança que tenho neles. Porque vão crescendo, é bom para o futebol português, que fica mais forte ”, afirmou Fernando Santos, dando os exemplos de André Silva e Renato Sanches. “O importante é que todos possam competir. Os jogadores com competição têm capacidade de resposta, como o André. O Renato não tem jogado e deu-me muito boas indicações no treino. Issoé muito importante eé bom que todos possam sentir mais con- fiança ”, declarou, terminando a conferênci­a a falar da nota artística: “No futebol, o que prevaleceé a eficácia; Pouco importa ter nota artística ou não. Portugal foi campeão da Europa, se voltar a ser – e eu acredito que pode ser – os portuguese­s ficarão muito contentes.”

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Bernardo Silva não bateu Donnarumma, guarda-redes de 19 anos, por muito pouco

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