PARAGEM SERVE PARA DAR OBJETIVIDADE
V. GUIMARÃES Modelo de jogo de Luís Castro está a ser implementado. A bola parada está a sair bem e a dar golos, mas falta pragmatismo ofensivo para criar lances de perigo
Equipa vitoriana marcou mais fora – 5, dois golos no Estádio da Luz e três no Dragão – do que em casa, onde apenas faturou uma vez: na receção ao Tondela, na quarta jornada do campeonato
Afastado da Taça da Liga ao perder em casa com o Tondela no primeiro jogo oficial da época, o Vitória de Guimarães apenas volta a competir dentro de duas semanas. Luís Castro tem pela frente mais uma semana sem competição que é encarada como uma oportunidade para cimentar processos na implementação do modelo de jogo pretendido.
Uma das missões do treinador é aumentar a objetividade e o pragmatismo da equipa, conseguindo assim uma maior produtividade ofensiva. Nos cinco jogos oficiais disputados até agora o Vitória conseguiu marcar seis golos, sendo que, curiosamente, cinco foram apontados fora; na Luz (dois) e no Dragão (três). Um registo assinalável fora de portas, até pelos adversários, mas que de certa forma disfarça a produtividade conseguida no Estádio D. Afonso Henriques.
Em casa, nos jogos em que teve maior domínio, o Vitória ainda só marcou um golo, de bola parada, o que atesta as dificuldades para criar lances de perigo, tal como admitiu André André recentemente. “Não temos criado os lances de perigo que queremos, podemos jogar um futebol bonito, mas com objetividade”, referiu. Outro dado que atesta a parca produtividade é o facto de metade dos golos apontados pelos vimaranenses ter tido origem em lances de bola parada.