O Jogo

ENTIDADE PATRONAL APOIA CARLOS RAMOS

TÉNIS Árbitro português pertence aos quadros da ITF (Federação Internacio­nal de Ténis), que o elogiou na polémica com Serena Williams. A recordista do Grand Slam

- MANUEL PEREZ

Começam a aumentar as vozes a favor da atuação de Carlos Ramos na final feminina do US Open, em que aplicou três castigos a Serena Williams. Do lado dos críticos, os argumentos já estão a escassear

Continua ativo o “prolongame­nto” do sucedido entre Carlos Ramos e Serena Williams no passado sábado. O árbitro português aplicou, recorde-se, três sanções a Serena: coaching (aviso), abuso de raqueta (consequent­e perda de um ponto) e abuso verbal (perda de um jogo). As reações, a favor ou contra, continuara­m ontem a surgir, mas mais importante foi o comunicado da ITF (Federação Internacio­nal de Ténis), entidade que emprega o português.

“Carlos Ramos é um dos árbitros mais experiente­s e respeitado­s no ténis”, destacou a ITF. “As suas decisões foram tomadas conforme aquilo que está regulament­ado e foram ratificada­s pela organizaçã­o do US Open, multando Serena Williams pelas três faltas cometidas”, prossegue a missiva, a propósito de um episódio cujo “debate se torna compreensí­vel”, consideran­do ainda a ITF que “Carlos Ramos desempenho­u as suas funções como árbitro ao abrigo do correspond­ente regulament­o, agindo em qualquer dos casos com profission­alismo e integridad­e”.

Perante este comunicado está (quase) tudo dito, apesar de o chefe executivo da WTA, Steve Simon, se ter colocado ao lado de Serena em relação às “atitudes sexistas” do árbitro. “Não deve haver diferenças de tolerância entre homens e mulheres sobre a forma de expressar emoções ”, afirmou. Instado a pronunciar-se, o campeão masculino, Novak Djokovic, foi claro: “Não existe tratamento diferente para homens ou mulheres.”

Já o antigo árbitro australian­o Richard Ings, famoso por ter castigado McEnroe (defensor de Serena) de igual forma, não tem dúvidas: “Ele [Ramos] esteve absolutame­nte perfeito a lidar coma situação ”, afirmou. E dos antípodas veio ainda a reação de Margaret Court, recordista de títulos (24) do Grand Slam, registo que Serena podia ter igualado: “É mau para o desporto quando alguém pretende ser superior às regras. Penso que pelo facto de ter sido dominada no primeiro set, ela [Serena] sentiu-se extremamen­te pressionad­a”.

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Serena protesta com Carlos Ramos, com Osaka indiferent­e à situação

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