O Jogo

Otávio: o defesa imprevisto

Aboubakar poupado para a Champions

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Melhoria nota-se em todas as áreas (interceçõe­s, alívios, passes anulados, etc.) e tem-lhe permitido manter-se mais tempo no relvado. Já terminou mais jogos em 2018/19 do que em toda a época passada

É pelo peso atual no rendimento ofensivo do FC Porto que Otávio vai conquistan­do a admiração dos portistas, mas o auspicioso arranque de I Liga estende-se também ao processo defensivo. O brasileiro quer afirmar-se em definitivo como titular e apresenta números ímpares nesta vertente em comparação com as duas primeiras épocas a tempo inteiro no Dragão. A média de desarmes salta à vista na estatístic­a que O JOGO apresenta [ver infografia], uma vez que faz dele o extremo mais produtivo da competição neste capítulo, mas a melhoria alastra-se às restantes áreas: interceçõe­s, alívios, passes anulados, etc. É ver para crer.

A subida de produção de Otávio está relacionad­a com dois fatores: a preparação física cuidada durante as férias, que lhe permitiu ultrapassa­r a prétempora­da sem quaisquer problemas físicos, e a exigência de Sérgio Conceição. O médio admitiu a O JOGO que o treinador portista lhe “cobrava” para dar mais, numa tentativa de ressuscita­r o jogador que se destacou ao serviço do V. Guimarães, e aumentou a agressivid­ade para níveis nunca vistos.

Um quarto do total de golos dos portistas (16) teve participaç­ão direta do jogador de 23 anos – leva um golo e três assistênci­as – e a defender temse assumido como uma preciosa ajuda para Maxi Pereira, somando mesmo médias superiores­ao lateral-direitouru-guaio em itens como o desarme, passes anulados ou faltas cometidas.

As consequênc­ias desta melhoria de rendimento para a equipa têm sido várias e do ponto de vista individual tem possibilit­ado a Otávio passar mais tempo no relvado. A média de minutos no campeonato anda nos 82’ e, se juntarmos a Supertaça Cândido de Oliveira, cresce um pouco mais. De resto, o brasileiro terminou três (Aves, V. Guimarães e Portimonen­se) dos cinco jogos oficiais realizados pelos dragões até agora. Em toda a época de 2017/18, por exemplo, só chegou ao fim de dois encontros (Lusitano de Évora e Portimonen­se) e jogou uma média de 53’. Na temporada anterior, com Nuno Espírito Santo, acabou três partidas (Leicester, Benfica e Paços de Ferreira) e alinhou em média 56’. Se a praga das lesões que o afetou num passado recente não reaparecer, Otávio tem tudo para terminar esta época com uma série de medalhas individuai­s.

Um quarto do total de golos marcados pelos portistas (16) esta época teve participaç­ão direta do jogador de 23 anos, que contabiliz­a um golo e três assistênci­as

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média por jogo na I Liga
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