Yates mais confortável e Movistar baralhada
Dennis ganhou o contrarrelógio de 32 km da Vuelta, mas foi Kruijswijk a estrela, subindo ao pódio. Líder está de pedra e cal, embora ainda tenha cinco rivais
Exercício individual deixou colombianos prostrados. Urán desiludiu, Ángel López e Quintana precisam de atacar de longe para ganhar a Vuelta. Nelson Oliveira terminou em sétimo lugar
Dia de contrarrelógio individual e, após 32 quilómetros, o resultado foi semelhante ao da abertura da Vuelta: R oh anDennis(BMC),s em rivaisàaltura,b ateu a concorrência,deixando ocoleg aR osskopf e o vice-campeão europeu de contrarrelógio, Castroviejo (Sky), a 50 segundos. O australiano festejou a vitória e depois desistiu para preparar os Mundiais, gesto que desvaloriza a última das três Grandes Voltas. Nelson Oliveira foi o melhor português e o mais forte da Movistar, num honroso sétimo lugar, mas a preocupação da sua equipa será escolher entre Valverde e Quintana como líder, pois ficou ainda mais difícil dizer qual dos dois será capaz de destronar Simon Yates, o outro vencedor do dia. O Bala foi melhor do que Quintana, mas perdeu mais sete segundos para a vermelha, ficando a 33s de Yates, quando há três finais em montanha pela frente e o espanhol e o britânico têm características semelhantes. O corredor da Mitchelton-Scott ficou, portanto, ainda mais favorito, pois conquis-
“Foi um dia muito bom. Se puder ganhar segundos no final das etapas, não vou hesitar”
Simon Yates MitcheltonScott
tou tempo aos principais rivais e só perdeu para Steven Kruijswijk (Lotto-Jumbo) e Enric Mas (Quick Step). O holandês saltou até para o pódio, a 52s, relegando Nairo Quintana para o quarto lugar, a1m15s. Ocronorevelou-sepenosopara os colombianos, que nem com as ligeiras inclinações ao longo do percurso se defenderam. Ángel López (Astana) perdeu 51s para Yates e baixou a sexto, enquanto Urán (Education First) ficou a 48s do líder da corrida, desceu a nono e perdeu as ilusões.
A discussão da Vuelta está reduzida a seis ciclistas – uma enormidade nesta fase! – e faltam três finais em alto, todos de características diferentes. O de hoje mais adaptado à explosão de Yates e Valverde, candidatos maiores a erguerem a taça em Madrid, o de sexta-feira vocacionado para os colombianos (17 km de subida) e o de sábado (seis montanhas em 97 km) para... quem lá chegar. E será esse o pensamento dos portugueses Tiago Machado e José Mendes, já sem grandes metas.