O Jogo

Sérgio Conceição: “Árbitro pareceu-me pouco seguro do que fazia”

CRÍTICAS O treinador do FC Porto contestou a forma como foi expulso durante o intervalo e responsabi­lizou o árbitro Vítor Ferreira pelo empate consentido perante o Chaves

-

Além das questões de arbitragem, Sérgio Conceição reconheceu que faltou velocidade na primeira parte e eficácia na finalizaçã­o durante a segunda. Vencer a Taça da Liga é um “objetivo”

No final de um jogo em que foi expulso pela terceira vez no FC Porto, a segunda no decorrer desta época (já tinha sido obrigado a abandonar o banco na Supertaça com o Aves), Sérgio Conceição revelou que ficou “irritado” com as “constantes perdas de tempo” do Chaves, aliadas à “passividad­e” do árbitro, dois fatores que acabaram por originar uma conversa ao intervalo no túnel de acesso aos balneários. “A minha expulsão esteve relacionad­a com a primeira parte. Tivemos pouco tempo útil dejogo.Vim-meemboraan­tes do final porque era um pontapé de baliza para o Chaves, que demorava sempre 15 ou 20 segundos para bater... Por isso, já sabia que não havia tempo para acontecer algo de relevante no jogo e fui-me embora”, começou por contar. “Depois, estava no túnel à espera dos meus jogadores; o árbitro entrou e eu só lhe disse que o tempo útil de jogo tinha sido muito curto. Obviamente, falei num tom mais exaltado do que este. Vi um árbitro com pouca confiança, pouca personalid­ade, pouco carácter, e até algum receio. Pareceu-me pouco seguro do que fazia e a minha expulsão teve que ver com essa forma de estar dele. Foi isso que se passou à frente de 10, 12, 15 pessoas, entre elas seguranças e GNR, que podem testemunha­r aquilo que eu lhe disse. Já ouvi um ex-árbitro dizer que não se pode ser expulso só por ter dito que o tempo de jogo foi muito curto, mas foi exatamente isto que se passou. E há testemunha­s”, insistiu.

Sérgio Conceição não acredita que a ausência de alguns dos habituais titulares tenha estado na origem do empate e explicou o resultado também coma ineficácia na finalizaçã­o. “Quando os adversário­s jogam com dois avançados, o Daniel Ramos encosta sempre um médio-defensivo aos centrais. Na primeira parte, faltou-nos velocidade na circulação de bola. Alertámos os jogadores ao intervalo e melhorámos na segunda parte. Tivemos várias ocasiões de golo, mas fomos ineficazes. Merecíamos ganhar este jogo”, prosseguiu, dando conta que o FC Porto só não derrotou o Chaves porque ontem não houve VAR. “Toda a gente quer levar esta competição muito a sério. Eu quero ganhá-la! Queremos ir mais longe do que na época passada. Agora, para valorizar temos de ter gente competente e capaz de contribuir para o espetáculo. A Liga [de clubes] apresentou lucro no final do ano; a choque oVAR faz bem ao futebol, e se hoje [ontem] tivéssemos oVAR, teríamos ganho de uma forma confortáve­l”, rematou.

“Vi um árbitro com pouca confiança, pouca personalid­ade, pouco carácter, e até algum receio” “Estava no túnel à espera dos meus jogadores; o árbitro entrou e eu só lhe disse que o tempo útil de jogo tinha sido muito curto” “Se hoje [ontem] tivéssemos o VAR, teríamos ganho de uma forma confortáve­l” “Toda a gente quer levar esta competição a sério. Eu quero ganhá-la! Queremos ir mais longe do que na época passada”

 ??  ?? Diogo Leite e William disputam a bola nas alturas
Diogo Leite e William disputam a bola nas alturas

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal