O Jogo

A MANHA FOI O CAMINHO DA FELICIDADE

O FC Porto mereceu ganhar o jogo, mas nem foi lesto a marcar nem conseguiu segurar a vantagem, num jogo em que o árbitro também foi estrela

- bbb CARLOS PEREIRA SANTOS

Antijogo flaviense permitido por Vítor Ferreira tornou o jogo num mau espetáculo. Sérgio Conceição foi expulso e no meio do mau resultado há a boa notícia: Danilo está de volta O FC Porto entrou a empatar na nova edição da Taça da Liga –neméin comum entrar mal ... – num jogo que teve alguns momentos de emoção, diversos disparates protagoniz­ados pelo árbitro Vítor Ferreira, que não deve gostar muito de ver a bola rolar. Pelo menos a olhar ao antijogo que permitiu ao Chaves fazer, ao longo de todo o encontro, ou melhor, até o FC Porto marcar o golo, porque até então os flavienses foram sempre manhosos e passaram aí a ser mais rapidinhos... O árbitro não cumpriu com uma das recomendaç­ões do Conselho de Arbitragem, que tem a ver com o antijogo, deixou que os transmonta­nos estivessem confortáve­is dentro do autocarro que estacionar­am no Dragão, um autocarro em marcha lenta, com vários furos para consertar. O povo, que guardou o fim de tarde de sexta feira para ir ao futebol, também não gostou do árbitro nem dos flavienses e demonstrou isso em sonoras assobiadel­as em vários momentos do encontro. A atuação do árbitro incomodou ainda Sérgio Conceição, expulso ao intervalo por protestar precisamen­te contra o antijogo.

E pode condenar-se o Chaves pela estratégia que montou? Apetece, mas é a vida dos pobres, e os transmonta­nos só fizeram o que o árbitro permitiu. Não se sabe o que passou na cabeça de Vítor Ferreira, mas alguma coisa não esteve bem (seria da péssima seleção musical do Dragão antes do jogo e do hino portista?). Que sejam os especialis­tas da arbitragem a analisar mais profundame­nte a situação.

Foi ele, no entanto, o responsáve­l por um jogo com muitas paragens e que por isso se tornou feio. Nas vezes em que o FC Porto conseguiu acelerar até ao fim de uma jogada, até protagoniz­ou momentos bonitos, apesar de não estar com todos os principais futebolist­as. As alterações que Sérgio fez até nem foram muitas e nem foi por aí que o FC Porto não conseguiu a vitória. O onze portista sabia perfeitame­nte o caminho e até se apresentav­a com uma novidade, uma boa notícia, Danilo, que entrou de início e mostrou que está pronto para levar um jogo até ao fim, como aconteceu. É mais uma excelente opção para o treinador portista.

Foram muitas as vezes que o FC Porto visitou António Filipe, foram muito poucas as visitas feitas a Vaná, porque o Chaves foi ao Dragão para empatar e nada mais do que isso. Desceu as linhas e nem se preocupou muito em subir no terreno. Foram esporádica­s as vezes em que se aventurou na frente.

Os dragões tomaram conta do jogo desde cedo e levaramno assim até ao fim. Marcaram primeiro num momento em que a equipa não deixava os transmonta­nos respirar, mas deixaram-se empatar num lance em que também há mérito flaviense. O final foi frenético, com algumas picardias, e um golo bem (!!!) anulado pelo árbitro, ontem uma figura indesejáve­l. O FC Porto merecia a vitória.

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Brahimi tenta escapar a Marcão
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