O Jogo

Barreto refutou acusações da FIFPro

STUMBRAS Clube lituano treinado pelo português foi alvo de denúncia por atraso nos pagamentos e falta de condições. Tem cláusula ilegal nos contratos

- ANTÓNIO PEDRO PEREIRA

Primeiro foram as queixas de jogadores ao “New York Times”, depois a denúncia da FIFPro. Motivos da má fama do Stumbras foram desmentido­s pelo treinador e pelos cinco portuguese­s que ainda lá estão

“Pago-lhe a viagem e vem cá com uma câmara falar com todos os jogadores. Já falou com os cinco portuguese­s e todos desmentira­m qualquer problema. É perfeitame­nte absurdo o comunicado da FIFPro e do Sindicato dos Jogadores”, reagiu Mariano Barreto em declaraçõe­s a O JOGO. O organismo mundial de representa­ção de jogadores aconselha a não assinarem pelo FC Stumbras, da Lituânia, por o clube orientado pelo técnico português alegadamen­te se ter atrasado no pagamento dos últimos três meses de salário e por ter identifica­do jogadores que se queixaram a uma reportagem do “New York Times” publicada a 30 de agosto. Além de manter uma cláusula ilegal de rescisão (permite ao emblema rescindir com os atletas com um aviso prévio de 24 horas), admitida pelo treinador.

A O JOGO, os cinco jogadores do Stumbras fizeram uma visita guiada pela residência através da aplicação FaceTime do telemóvel de Mariano Barreto. Todos garantiram que ganham o suficiente para “vi- ver bem” e mais do que os 350 euros (sem revelar valores) que a FIFPro alega que “muitos dos jogadores ganham”.

O JOGO pôde ver a residência onde estão instalados. André Almeida, central de 23 anos que é capitão de equipa (foi em janeiro de 2017 do Real Massamá) conduziu a câmara do telefone. Os outros também negaram tudo: Renato Gomes, extremo de 19 anos, que foi do Gondomar para Kaunas em julho de 2017; António Belo, extremo de 24 anos, que em julho de 2017 estava no Marítimo B; Miguel Pires, médio-centro de 21 anos, que deixou o Cova da Piedade em julho de 2018; Tiago Luís, 18 anos, que até junho estava nos escalões de formação do Real Massamá. Queixam-se de não terem sido tidos nem achados pela FIFPro e pelo Sindicato de Jogadores português (e emitiram um comunicado após a conversa com o nosso jornal).

“O sindicato reitera o comunicado da FIFPro e limitou-se a dizer que jogadores portuguese­s lá estão, mas foram outros que comunicara­m os problemas à FIFPro. Amanhã, faremos um esclarecim­ento cabal”, disse a O JOGO o presidente Joaquim Evangelist­a.

Barreto diz que se trata de uma manipulaçã­o de um empresário e que apenas foram apresentad­as queixas, pelo próprio agente, dos dois jogadores que rescindira­m unilateral­mente em julho tendo contrato até 2021. Trata-se do guineense Ibrahim a S ory S ou mahedosul-af rica no Kgaogelo Mapemb a S ekgota, “Mapemba KG”, comolhe chamam os cinco portuguese­s, que revelaram que Jardel Nazaré, o sexto luso de quem se fala, foi embora a 15 de julho. No entanto, há registo de ainda ter atuado a 11 de agosto. Certo é que veio para Portugal.

O V. de Setúbal disse a O JOGO que teve dois atletas do empresário Paulo Teixeira à experiênci­a até ontem – quando percebeu que estavam em litígio com o Stumbras, decidiu afastá-los.

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O quinteto português do Stumbras posou para O JOGO

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