O Jogo

MEIA GESTÃO DEU PONTOS POR UM TRIZ

Sem cinco titulares, as águias dominaram um Rio Ave que revelou falta de atenção na transição defensiva, mas que nunca desistiu e quase foi feliz

- Textos VÍTOR RODRIGUES

Comandado por um Salvio dinâmico e incisivo e com a habitual dupla do meiocampo, Pizzi e Gedson, sem direito a descanso, o Benfica esteve sempre mais perto de aumentar o marcador até aos... 88’

O Benfica arrancou o ataque à Taça da Liga com um triunfo, que fez por merecer e com direito a alguma gestão do seu onze mais utilizado nos últimos encontros. Chegou a uma vantagem confortáve­l, com golos de Salvio e Rafa, cuja velocidade causou a abertura de várias crateras no muro defensivo do Rio Ave, mas a reação dos visitantes, sempre com Galeno no epicentro da sua manobra ofensiva, deixou as águias em sobressalt­o, depois de Carlos Vinícius ter reduzido (60’) e Bruno Moreira, aos 88’, ter desperdiça­do uma ocasião claríssima para carimbar o empate.

Rui Vitória não optou por uma revolução completa no onze, tendo deixado de fora apenas cinco dos últimos habituais titulares, um por dificuldad­es físicas e a pensar no Bayern (Fejsa), outro por rotação de prova (Vlachodimo­s) e mais três para gerir o esforço do arranque da época (Rúben Dias, Grimaldo e Cervi). Não abdicou do resto da estrutura, nomeadamen­te do misto de cérebro (Pizzi)epulmão (Gedson),

contando ainda nos titulares com o recuperado Salvio, precisamen­te o elemento que faz o motor da máquina escalar no nível de rotações.

E o que se viu logo no arranque foi um Benfica mais controlado­r, mais incisivo e a colocar todas as fichas na velocidade de Salvio e Rafa frente a um Rio Ave também alvo de mexidas com José Gomes a lançar quatro jogadores( Afonso Figue ire do,Schmidt,Jamb ore Carlos Vinícius) que não foram titulares na partida anterior. E com o 1-0 – Salvio converteu um penálti assinalado por falta sobre Seferovic –, os encarnados sentiram-se ainda mais confortáve­is, geriam a posse de bola e mantinham os visitantes longe da sua baliza, apesar de o irrequieto Galeno, extremo cedido pelo FC Porto, se recusar a assinar a rendição, procurando explorar o espaço nas costas de André Almeida, e Gabrielzin­ho a tentar a mesma missão com Yuri Ribeiro.

Em toda a primeira parte, o Rio Ave apenas por uma vez, aos 41’, criou calafrios à defesa da casa, mas Jardel evitou a finalizaçã­o de Carlos Vinícius, o que permitiu às águias reentrarem na partida, na segunda metade, com a mesma estratégia, aproveitan­do as falhas de marcação na transição defensiva dos visitantes. Salvio voltou a assumir preponderâ­ncia e lançou Rafa para o 2-0 (49’), deixando o Benfica mais confortáve­l e pronto para baixar o ritmo da partida.

O Rio Ave não se rendeu de imediato, subiu as suas linhas, aumentou a intensidad­e a

meio-campo, ondeAlfa Semedo jogava condiciona­do por ter visto bem cedo um amarelo, e aproximou-se da baliza encarnada. Galeno (54’) atirou para Svilar segurar, mas aos 60’ partiu a defesa da casa e deu o golo a Carlos Vinícius, que relançou a esperança vilaconden­se. Embora o Benfica

tenha criado mais um par de lances de perigo, José Gomes refrescou as alas ofensivas e o eixo do ataque, conseguind­o a sua equipa criar uma ocasião claríssima de golo a fechar o jogo, com Bruno Moreira a cabecear por cima em ótima posição (88’ ). Foi a única, é certo, mas foi quase decisiva.

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Gabriel estreou-se com um triunfo pelo Benfica
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