MEIA GESTÃO DEU PONTOS POR UM TRIZ
Sem cinco titulares, as águias dominaram um Rio Ave que revelou falta de atenção na transição defensiva, mas que nunca desistiu e quase foi feliz
Comandado por um Salvio dinâmico e incisivo e com a habitual dupla do meiocampo, Pizzi e Gedson, sem direito a descanso, o Benfica esteve sempre mais perto de aumentar o marcador até aos... 88’
O Benfica arrancou o ataque à Taça da Liga com um triunfo, que fez por merecer e com direito a alguma gestão do seu onze mais utilizado nos últimos encontros. Chegou a uma vantagem confortável, com golos de Salvio e Rafa, cuja velocidade causou a abertura de várias crateras no muro defensivo do Rio Ave, mas a reação dos visitantes, sempre com Galeno no epicentro da sua manobra ofensiva, deixou as águias em sobressalto, depois de Carlos Vinícius ter reduzido (60’) e Bruno Moreira, aos 88’, ter desperdiçado uma ocasião claríssima para carimbar o empate.
Rui Vitória não optou por uma revolução completa no onze, tendo deixado de fora apenas cinco dos últimos habituais titulares, um por dificuldades físicas e a pensar no Bayern (Fejsa), outro por rotação de prova (Vlachodimos) e mais três para gerir o esforço do arranque da época (Rúben Dias, Grimaldo e Cervi). Não abdicou do resto da estrutura, nomeadamente do misto de cérebro (Pizzi)epulmão (Gedson),
contando ainda nos titulares com o recuperado Salvio, precisamente o elemento que faz o motor da máquina escalar no nível de rotações.
E o que se viu logo no arranque foi um Benfica mais controlador, mais incisivo e a colocar todas as fichas na velocidade de Salvio e Rafa frente a um Rio Ave também alvo de mexidas com José Gomes a lançar quatro jogadores( Afonso Figue ire do,Schmidt,Jamb ore Carlos Vinícius) que não foram titulares na partida anterior. E com o 1-0 – Salvio converteu um penálti assinalado por falta sobre Seferovic –, os encarnados sentiram-se ainda mais confortáveis, geriam a posse de bola e mantinham os visitantes longe da sua baliza, apesar de o irrequieto Galeno, extremo cedido pelo FC Porto, se recusar a assinar a rendição, procurando explorar o espaço nas costas de André Almeida, e Gabrielzinho a tentar a mesma missão com Yuri Ribeiro.
Em toda a primeira parte, o Rio Ave apenas por uma vez, aos 41’, criou calafrios à defesa da casa, mas Jardel evitou a finalização de Carlos Vinícius, o que permitiu às águias reentrarem na partida, na segunda metade, com a mesma estratégia, aproveitando as falhas de marcação na transição defensiva dos visitantes. Salvio voltou a assumir preponderância e lançou Rafa para o 2-0 (49’), deixando o Benfica mais confortável e pronto para baixar o ritmo da partida.
O Rio Ave não se rendeu de imediato, subiu as suas linhas, aumentou a intensidade a
meio-campo, ondeAlfa Semedo jogava condicionado por ter visto bem cedo um amarelo, e aproximou-se da baliza encarnada. Galeno (54’) atirou para Svilar segurar, mas aos 60’ partiu a defesa da casa e deu o golo a Carlos Vinícius, que relançou a esperança vilacondense. Embora o Benfica
tenha criado mais um par de lances de perigo, José Gomes refrescou as alas ofensivas e o eixo do ataque, conseguindo a sua equipa criar uma ocasião claríssima de golo a fechar o jogo, com Bruno Moreira a cabecear por cima em ótima posição (88’ ). Foi a única, é certo, mas foi quase decisiva.