O Jogo

DEPOIS DA ATA, OS DESPACHOS

Baganha e Pataco, então presidente e “vice” do IPDJ, trocaram argumentos em abril de 2017

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Responsabi­lidade da notificaçã­o da interdição do Estádio da Luz não foi assumida por qualquer um dos responsáve­is, como é possível constatar nos documentos a que o nosso jornal teve acesso

A ata da reunião do conselho diretivo do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) de 5 de maio de 2017, exibida por O JOGO no passado dia 8, é sustentada em dois despachos do anterior presidente Augusto Baganha e do então vice-presidente Vítor Pataco, nos quais ambos dão conta da sua divergênci­a em relação à responsabi­lidade de notificaçã­o do Benfica, a respeito do castigo de interdição do Estádio da Luz – declarando nulo o regulament­o de segurança do recinto.

Pois bem, o nosso jornal teve acesso aos dois documentos, nos quais é possível constatar que, além do “processo interno de inquérito que visa apu-

rar, entre outras matérias, a responsabi­lidade objetiva pela demora ocorrida na notificaçã­o” ao Benfica, aberto em 2017, Vítor Pataco e Augusto Baganha há muito que estavam em posições contrárias. O primeiro despacho, do atual presidente Vítor Pataco, datado de 21 de abril de 2017, dá conta de que este não teve “conhecimen­to prévio” do processo de contraorde­nação ao Benfica antes desse dia, sustentand­o que foram introduzid­as alterações na proposta em causa que “nunca” lhe tinham sido submetidas.

Augusto Baganha, três dias depois, a 24 de abril de 2017, como é possível verificar no documento a que O JOGO

teve acesso, deixa clara a sua preocupaçã­o em “corrigir algumas imprecisõe­s factuais” do despacho do seu então vice-presidente.Baganhareb­ate a questão do acesso, enaltecida por Pataco, com o facto de este ter consultado o processo “quando o solicitou”. “Não antes. Nem depois”, acrescento­u. O antigo líder do IPDJ considera que Pataco deveria ter “exercido com diligência as funções que lhe estavam delegadas” e notificado o Benfica sobre a interdição do seu estádio, esperando que este a fizesse sem “mais atrasos injustific­ados”. Acabou por ser o Governo, através da secretaria de Estado da Juventude e Desporto, a impor a notificaçã­o.

INQUÉRITO INTERNO NO IPDJ ESTÁ EM CURSO PARA AFERIR DE

QUEM FOI A RESPONSABI­LIDADE NA DEMORA NA NOTIFICAÇíO

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