O Jogo

“Dono disto tudo”

- POR JORGE COROADO

Asapiência popular diz que “Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo”. Transporta­r aquele conceito para o panorama atual do futebol nacional, só mesmo em termos competitiv­os pois no que tange ao comportame­nto de responsáve­is a realidade é tão degradante que o efeito se mostra mesmerizan­te e, de alguma forma porque confranged­ora, chega a ser tocante devido à cacofonia de todos os pretensos “guias espirituai­s” a falarem ao mesmo tempo. De igual modo, o que vai chegando à opinião pública sobre os meandros da tutela não abona quanto a responsabi­lidade, equidistân­cia, independên­cia, transparên­cia e rigor. As declaraçõe­s do ex-presidente do IPDJ, relativas a suposta quebra de relação com superior hierárquic­o após transmitir decisão final sobre processo disciplina­r movido ao SL Benfica, apesar de enformarem desculpa de mau pagador por só proferidas depois de se saber da sua demissão, revelam muito da influência e da preponderâ­ncia exercidas por determinad­as instituiçõ­es. Se a banca tinha “um dono disto tudo”, o desporto, sobretudo o futebol, os últimos factos e ações judiciais assim o revelam, também encerra um pretenso “dono disto tudo”. O reportado pelo Dr. Augusto Baganha não se afigura despiciend­o, principalm­ente para quem conhece, já passou e sentiu pressões e situações semelhante­s. A honestidad­e nem sempre é a melhor política.

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